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Livre, Queiroz festeja aniversário da filha personal denunciada pelo MP
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O policial militar Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), comemorou, no último sábado, o aniversário de 32 anos da filha mais velha, a personal trainer Nathália Queiroz. No sábado, ele postou uma nova foto, obtida pela coluna, ao lado de Nathália em seu perfil no Instagram.
A volta à rotina ocorre depois que Queiroz e sua mulher, Márcia Aguiar, conseguiram no STJ (Superior Tribunal de Justiça) o fim da prisão domiciliar. O ex-assessor de Flávio foi apontado pelo MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) como operador de um esquema de devolução de salário que existia no gabinete do filho mais velho do presidente Jair Bolsonaro.
Queiroz e Flávio foram denunciados pelos procuradores junto com Nathália e outras 14 pessoas. Nathália foi apontada como funcionária fantasma já que trabalhava em diversas outras atividades no mesmo período em que foi nomeada nos gabinetes de Flávio e também de Jair Bolsonaro. O MP identificou que ela repassou ao pai R$ 633,4 mil do que seria seu salário na Alerj.
A postagem do aniversário de Nathália rendeu até mensagens de deputados estaduais bolsonaristas. Quem cumprimentou Queiroz pela data, foi o deputado Anderson Morais (PSL-RJ). No gabinete dele, na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), trabalha Rogéria Bolsonaro, mãe de Flávio.
Queiroz também retomou a comunicação por meio de aplicativos de mensagem no celular. Mas, agora, Queiroz está priorizando apps que permitem a destruição automática de mensagens como o "Signal" e o "Telegram".
O ex-assessor de Flávio Bolsonaro baixou os novos aplicativos há pouco mais de uma semana. A opção por aplicativos com possibilidade de destruição de mensagens automaticamente ocorre também depois que a família de Queiroz foi alvo de busca e apreensão em dezembro de 2019. Na ocasião, foram apreendidos celulares de Márcia e de Nathália Queiroz, filha mais velha do assessor.
A partir da apreensão foram obtidas mensagens trocadas entre a família. Algumas delas chegaram a fazer parte das provas apresentadas para o pedido de prisão de Queiroz e Márcia. Nas mensagens, Márcia reclamava que Queiroz seguia fazendo indicações políticas para cargos e chegou a compará-lo a um bandido "que tá preso dando ordens aqui fora, resolvendo tudo". Os dados dos celulares também mostraram o local onde ele se escondia e por onde passou no período.
Queiroz foi preso em Atibaia, na casa de Frederick Wassef, um dos advogados do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) em junho do ano passado. Márcia chegou a ficar foragida por mais de um mês após a prisão ser decretada. A prisão domiciliar monitorada por tornozeleira eletrônica terminou em março deste ano.
No entanto, como o STJ também decidiu anular as quebras de sigilo que tinham sido autorizadas em primeira instância para a investigação do caso, as provas obtidas a partir dos celulares ainda terão sua validade discutida. O MP-RJ recorreu e aguarda decisão do (STF) Supremo Tribunal Federal. Além disso, as principais provas apresentadas na denúncia contra Queiroz e Flávio eram os dados financeiros obtidos pela quebra de sigilo. O casal agora responde a denúncia apresentada pelo MP ao Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Rio em liberdade.
A coluna mostrou que há cerca de 15 dias o casal fez um culto de "ação de graças" na noite de quinta-feira (8) na igreja Nova Vida de Curicica, zona oeste do Rio. O próprio Queiroz compartilhou imagens chamando para celebrar a "grande vitória do casal".
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