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Juliana Dal Piva

REPORTAGEM

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Demitido após viagem a Dubai, ex-secretário quer disputar vaga a deputado

Felipe Pedri - Reprodução/Twitter
Felipe Pedri Imagem: Reprodução/Twitter

Colunista do UOL

20/10/2021 04h00Atualizada em 20/10/2021 10h47

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Felipe Cruz Pedri, ex-secretário de Comunicação Institucional da Secom (Secretaria Especial de Comunicação Social), disse à coluna que tem intenção disputar uma vaga a deputado federal na eleição de 2022.

"Tem essa possibilidade mesmo", escreveu Pedri para a coluna. Ele vai aguardar a definição do presidente Jair Bolsonaro por um partido e pretende se filiar à mesma legenda.

Há expectativa de que, apesar da saída da Secom, Pedri possa ocupar um cargo na Secretaria de Cultura do governo federal nos próximos dias. A exoneração dele foi publicada no Diário Oficial na terça-feira (19) e ocorreu após uma viagem na qual Pedri acompanhou uma missão brasileira nos Emirados Árabes para a Expo Dubai. Na mesma viagem, estava o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP). De 28 de setembro a 5 de outubro, o então secretário teria utilizado R$ 13,3 mil em sete diárias durante a viagem, segundo dados oficiais divulgados pelo governo.

Pedri se descreve como publicitário e ativista e é tido como seguidor de Olavo de Carvalho. O ex-secretário foi um dos autores do manifesto do Aliança pelo Brasil, lançado em 2019 com o objetivo de abrigar o presidente Bolsonaro, que está sem partido desde a saída do PSL. O Aliança, porém, não saiu do papel e não vai disputar as eleições de 2022 como legenda.

O ex-secretário já esteve em alguns cargos no governo. Até abril de 2020, era assessor especial do gabinete do então ministro da Casa Civil. Com a chegada de Walter Braga Netto, foi exonerado. Cinco dias depois, Pedri foi nomeado assessor de Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) no Senado. Em setembro de 2020, foi para a Secom. Antes do emprego com Braga Netto e com o filho do presidente, Pedri já havia trabalhado para Onyx Lorenzoni na Câmara dos Deputados.