Operação da PF é 'bobagem' e favorece Ramagem no Rio, diz Valdemar
O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, diz que a função de Alexandre Ramagem na Abin (Agência Brasileira de Inteligência) era investigar e que a suspeita de espionagem é "uma bobagem". Ramagem é deputado federal pelo partido e pré-candidato à Prefeitura do Rio de Janeiro.
Isso vai favorecer o Alexandre Ramagem no Rio porque a função dele como chefe da Abin era investigar. Eles compraram um aparelho. Cada dia falam uma bobagem.
Valdemar Costa Neto, presidente do PL
Logo cedo, a PF realizou buscas no gabinete de Ramagem na Câmara — e também foi até seus endereços residenciais, além de outros alvos. No total, são 21 mandados de busca e apreensão. O objetivo da operação é aprofundar a investigação sobre o uso de um programa espião comprado pela agência que permitia o monitoramento da localização de pessoas, sem autorização judicial.
Valdemar afirma que o ministro do STF Alexandre de Moraes está perseguindo o partido do ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL).
"Isso é loucura, Ramagem é camarada honesto. Ele [Alexandre de Moraes] está perseguindo o Ramagem só porque é do PL, candidato do [Jair] Bolsonaro", disse Valdemar ao UOL.
Após falar com a coluna, o presidente do PL criticou, nas redes sociais, as buscas na Câmara. Para ele, "é uma falta de autoridade do Congresso Nacional".
Está claro que mais essa operação da PF de hoje contra o deputado Alexandre Ramagem é uma perseguição por causa do Bolsonaro.
-- Valdemar Costa Neto (@CostaNetoPL) January 25, 2024
Esse negócio de ficar entrando nos gabinetes é uma falta de autoridade do Congresso Nacional. Rodrigo Pacheco deveria reagir e tomar providências.?
Embate com STF se acirra
Este é o segundo deputado federal do PL na mira de operação da PF em uma semana. Na quinta passada (18), em outra investigação, o líder da oposição Carlos Jordy, também do Rio, foi alvo de busca e apreensão.
O PL abriga dezenas de deputados e senadores que questionam as ações dos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal). Agora, a tendência é que o ano legislativo comece com os ânimos acirrados. Os trabalho no Congresso serão retomados em fevereiro.
"O presidente do Congresso [Rodrigo Pacheco] já tinha que ter entrado com afastamento do Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal", diz Valdemar.
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