Letícia Casado

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Cid chega a batalhão do Exército após ordem de prisão

O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), chegou ao Batalhão de Polícia do Exército para cumprir a ordem de prisão determinada pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes.

A prisão de Cid foi determinada nessa tarde após ele prestar depoimento sobre os áudios vazados pela revista Veja nos quais diz ter sido pressionado pelos investigadores a fazer acordo de delação premiada.

Cid relatou na conversa pressão para incriminar o ex-presidente e acusa o ministro do Supremo de ser parcial na condução do inquérito que apura atos contra a democracia.

Algumas das informações de Mauro Cid prestadas no acordo de delação foram corroboradas por outros investigados, como os ex-comandantes das Forças Armadas que disseram ter participado de reuniões nas quais Bolsonaro discutiu medidas para evitar a posse de Lula (PT).

Militar responde por crime comum

Mauro Cid preso
Mauro Cid preso Imagem: Reprodução/Redes sociais

Mauro Cid voltou para o Batalhão onde ficou detido por alguns meses no ano passado em operação que mirou a suposta inclusão de dados falsos sobre vacinação contra a covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde.

Por ser militar, Cid tem a prerrogativa de ficar preso em um quartel do Exército, e não em um presídio comum. Também tem direito a uma Sala de Estado Maior, um tipo de cela que não possui grades, por exemplo.

Apesar de ser militar da ativa, o tenente-coronel é investigado por um crime comum e, por isso, a ordem partiu da Justiça comum, e não da Justiça militar.

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Rua em que Mauro Cid mora foi fechada após cumprimento de mandado de busca e apreensão
Rua em que Mauro Cid mora foi fechada após cumprimento de mandado de busca e apreensão Imagem: Felipe Pereira/UOL

Busca e apreensão

Além da prisão de Cid, a Justiça determinou busca e apreensão na casa do tenente-coronel. Após o cumprimento do mandado, a rua em que a família do militar mora foi fechada.

O UOL flagrou a mulher de Cid sendo consolada por um casal. Eles estacionaram e deram um abraço nela. Na sequência, um rapaz reclamou da imprensa para um agente da Polícia do Exército.

Cones foram colocados desde a esquina para impedir o acesso à rua. Até mesmo moradores precisavam se identificar para entrar na via que leva a suas casas.

O local onde Cid mora fica atrás da praça que abrigou o acampamento golpista. Mais à frente, está a sede do Exército.

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Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

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