Coronel suspeito de atuar em minuta do golpe quer novo depoimento na PF
Após ficar em silêncio quando foi convocado a depor na PF (Polícia Federal), o tenente-coronel do Exército Ronald Ferreira de Araújo Júnior, suspeito de ajudar na elaboração de uma minuta golpista no final do governo Jair Bolsonaro, pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) para marcar um novo depoimento.
A informação foi antecipada pelo jornal O Globo e confirmada pelo UOL. O pedido foi encaminhado pela defesa nesta quarta-feira (13).
Integrantes da PF ouvidos pela reportagem dizem que irão avaliar o pedido, mas que, a princípio, não veem necessidade de ouvi-lo, já que ele já teve oportunidade de falar e, assim como outros investigados, preferiu ficar em silêncio.
Segundo a investigação, Ronald Ferreira de Araújo Júnior é um dos que teriam auxiliado o ex-presidente na elaboração de uma minuta para decretar um golpe de Estado. Ele é investigado, como outros ex-integrantes do governo Bolsonaro, pelo crime de tentativa de abolir o Estado democrático de direito.
O texto que embasaria um golpe de Estado, segundo aponta o inquérito, foi apresentado a Jair Bolsonaro, que chamou os comandantes das Forças Armadas para uma reunião, em uma tentativa de angariar apoio.
A investigação partiu de revelações feitas na delação premiada do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid.
A defesa de Ronald Ferreira de Araújo Júnior disse, em nota, que quer esclarecer à Polícia Federal "que ele não tem de qualquer forma, seja no que for, participação em ilícitos contra ninguém ou contra o Estado democrático de direito".
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