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Bolsonaro tira férias em Orlando quando o mundo cobra trabalho
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Sem dedicar uma hora de trabalho na Cúpula da Américas, o ex-capitão afivela as malas para emendar o fim de semana em Orlando. Sextou a semana inteira. E vai constranger novamente o país fazendo motociata nos Estados Unidos.
Documento obtido pelo jornalista Jamil Chade desmente o ufanismo de Bolsonaro diante de Joe Biden. O Brasil faz pouco e precisará fazer muito para tomar assento na OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) - preservando a Amazônia e a democracia. A preservação da Amazônia e a democracia desse desgoverno vão ser postas à prova.
No mesmo tom, a ONU cobra ação do governo brasileiro para localizar o jornalista Dom Phillips e o indigenista Bruno Pereira, desaparecidos há quase uma semana, depois de terem sido ameados de morte.
Um preso e manchas de sangue para ser investigadas na lancha do preso, suspeito de fazer parte de quadrilha que teria participação no desaparecimento. Uma resposta tímida.
Tudo lento, como são ambíguas e despropositadas as respostas do desgoverno do ex-capitão, que tem como marca a terceirização de responsabilidades pela sua omissão e inépcia. Ocupa a Presidência da República para usufruir um direito inexistente a férias permanentes.
Agora o problema da inflação é com os supermercados.
O preço do combustível é com os governadores.
33 milhões de famintos abandonados pela incúria de políticas públicas no Brasil, enquanto o país alimenta um bilhão de pessoas mundo afora, segundo o ufanismo do ex-capitão, que se senta de pernas abertas ao lado de Joe Biden, para praguejar contra as urnas eletrônicas.
Pelo menos o ex-capitão leu a fala escrita pelos diplomatas, sob a orientação do desgoverno, para não gaguejar e usar de impropérios, diante de um plácido presidente americano, que doou esmolas para a preservação da Amazônia. A foto vai mostrar apenas, e mais uma vez, que a ida a Los Angeles é só mais um pretexto para que vá passear em Orlando. Trabalhar que é bom, não. Afinal de contas fazer o quê, né?
Afinal de contas fazer o quê? Essa é a lógica do ex-capitão, que entrega um naco do país para criminosos e coloca em risco a soberania do território. Dois profissionais buscam informações na Amazônia sobre a situação dos povos originários, contundidos pelas quadrilhas de garimpeiros, pescadores e caçadores ilegais, narcotraficantes e predadores contumazes da região. Para ele, uma aventura. Um desafio que não aceita. Afinal de contas, lá não tem uma rodovia para fazer motociata e tampouco espaço seguro para passear de jet ski. O jeito é ir para Orlando.
O mundo olha com espanto e perplexidade o desgoverno do ex-capitão e a sensação da Cúpula das Américas é que a expectativa de participação do Brasil no evento era nenhuma. Os organizadores precisavam assinar a presença do maior país da América Latina, afinal, o evento pretende ser um fórum dos países das Américas. Então, o ex-capitão paga o seu pedágio, às custas de uma foto e de uma concessãozinha de Biden, para ter a abertura do evento transmitida ao vivo. A troca pela foto e a oportunidade para o ex-capitão falar bobagens, repetindo o discurso que nada traz de novo, apenas o tom decorado de seus repisados argumentos contra as eleições no Brasil e negacionismo da destruição da Amazônia.
Agora, para as próximas cenas. O desvario do ex-capitão novamente em férias. Afinal, fazer o quê?
O mundo olha com espanto o desvario. No Brasil, 33 milhões de bocas abertas sem comida, enquanto o ex- capitão culpa os empresários, os desaparecidos, os pobres pela miséria, inflação e desgoverno.
Sextou para o ex-capitão. A semana toda.
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