Delegado Rivaldo pede transferência do caso para o Rio e suspeição de Dino
A defesa de Rivaldo Barbosa solicitou a transferência do caso para a Justiça do Rio de Janeiro, alegando que o delegado não tem foro privilegiado no Supremo Tribunal Federal. Rivaldo é acusado de envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco.
Em ofício enviado ao ministro Alexandre de Moraes, os advogados do delegado também pedem que o ministro Flavio Dino se declare impedido de participar do julgamento se o tema permanecer no STF.
Na defesa preliminar, a qual à coluna teve acesso, os advogados reconhecem a autonomia da Polícia Federal, mas argumentam que, enquanto ocupava o ministério da Justiça, Dino teve "papel preponderante" na deflagração das investigações, já que esclarecer as mortes de Marielle e do motorista Anderson Gomes era uma "promessa de campanha" do presidente Lula.
Os advogados Marcelo Ferreira e Felipe Dalleprane Freire de Mendonça também solicitam que a denúncia contra seu cliente seja rejeitada. O principal argumento é que a Polícia Federal teria ignorado as provas obtidas pela quebra dos sigilos telemáticos de Ronnie Lessa e dos irmãos Brazão.
Para a defesa, a existência das quebras de sigilo feitas no início das investigações derrubariam a tese de obstrução das investigações. Eles alegam ainda que Lessa foi preso por um subordinado de Rivaldo e que, por isso, quer vingança.
Lessa confessou ter assassinado Marielle e fechou uma delação premiada acusando os Brazão de terem encomendado o crime e o delegado Rivaldo, que comandava a polícia civil do Rio, de ter acobertado a morte e atrapalhado as investigações.
Rivaldo e os irmãos Brazão foram presos como suspeitos de mandar matar Marielle em março deste ano pela Polícia Federal depois de mais de seis anos de buscas.
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