Raquel Landim

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Deputada Benedita da Silva é interlocutora de Lira no PL do aborto

A deputada Benedita da Silva (PT-RJ) tem sido a interlocutora do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, na escolha do nome para relatar o PL do aborto, apurou a coluna. Ela própria pode ser a escolhida, mas o martelo ainda não está batido. Uma reunião sobre o assunto deve ocorrer na próxima terça-feira.

Coordenadora-geral da bancada feminina na Câmara, a deputada reuniria as qualidades de uma relatora "moderada". Ela é do PT, o que angaria o apoio da esquerda, mas também é evangélica e se dá bem até com o relator da proposta, o deputado Sostenes Cavalcante (PL-RJ). Além disso, é experiente e está no quinto mandato como deputada federal.

Lira disse à coluna que buscaria uma "relatora moderada" e que trataria o tema como "sensibilidade" depois de ter sido criticado por votar a urgência do projeto em 23 segundos.

O PL do aborto vem provocando muita polêmica, porque iguala ao homicídio o aborto legal após a 22 semanas de gestação. A mulher que aborta após esse período poderá, inclusive, ser condenada a uma pena maior que a do seu estuprador: 20 anos para o homicídio e 10 para o estupro.

Depois dessa crítica, o deputado Sostenes Cavalcante disse que ia propor o aumento da pena para estupro para 30 anos.

Procurada, a deputada Benedita da Silva não respondeu aos pedidos de entrevista.

Errata:

o conteúdo foi alterado

  • Ao contrário do informado anteriormente neste texto, o deputado Sostenes Cavalcante disse que ia propor o aumento para 30 anos da pena para estupro e não para homicídio. A informação foi corrigida.

Reportagem

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