Em vídeo, Marçal admite que armou cena em ambulância pós-cadeirada
O candidato Pablo Marçal (PRTB) admitiu que armou uma cena na ambulância que o levou ao hospital Sírio-Libanês, após a cadeirada que recebeu do adversário José Luiz Datena (PSDB) no debate da TV Cultura.
Em uma gravação obtida pela coluna que está circulando no meio político, Marçal está em cima de um móvel falando de improviso com o público que aguarda para comer.
"Eu precisava daquela ambulância. Eles queriam fazer uma cena esse povo aí", afirma Marçal, referindo-se a sua equipe. "Dava para ir correndo para o hospital. Não é insuportável", completa.
Em seguida, é possível ouvir algumas risadas.
"Cadeirada é o de menos. O que a gente está sofrendo com esses caras. Para quem não é bobo e sabe ler [cenário], eu dava conta de segurar aquela cadeira, dava conta de agredir aquele cara [Datena], mas fiz questão de levar para sentir mesmo, de verdade", diz Marçal.
Na imagem da ambulância divulgada por sua equipe nas redes sociais após a cadeirada, Marçal aparece de olhos fechados e recebendo oxigênio com uma máscara.
As pesquisas apontaram uma queda de Marçal antes do episódio da cadeirada e depois, estagnação. Segundo o Datafolha, o candidato está com 19% das intenções de voto, atrás de Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSOL).
Sua rejeição subiu 17 pontos percentuais e bateu em 47%. Dificilmente um candidato consegue vencer uma eleição com quase 50% de rejeição. Ele perde dos principais adversários nas simulações de segundo turno.
"Esse não é um período de propostas. Aprenda a jogar. Esse período é de mostrar quem as pessoas são. Eu já mostrei a minha pior versão. Agora vou mostrar a boa", diz Marçal no final do vídeo obtido pelo UOL.
No debate desta sexta-feira (20) no SBT, Marçal estava mais contido nos ataques contra os adversários e afirmou que já havia mostrado sua "pior versão" e que agora provaria ao eleitor que pode governar São Paulo.
A coluna procurou Marçal e sua campanha, enviou o vídeo e não obteve resposta.
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