Amorim diz que não vai 'demonizar' Trump e que pretende dialogar com equipe
O assessor especial de relações internacionais da presidência da República, Celso Amorim, disse à coluna que o governo Lula não vai "demonizar" Donald Trump e que espera a indicação da equipe do presidente eleito dos Estados Unidos para entrar em contato.
"Vamos continuar defendendo um mundo multipolar e nossos interesses. Sem demonizar ninguém", afirmou Amorim, ao ser questionado sobre como deve ser a relação entre Brasil e EUA após a vitória de Trump.
Ele afirmou que vai manter contato com a equipe de relações internacionais do presidente eleito "assim que estiver formada" e que espera uma "relação madura".
Amorim disse que foi "natural" Lula ter declarado sua preferência por Kamala Harris dada as boas relações entre ele e o presidente Joe Biden e o partido Democrata, mas que agora é hora de lidar com a realidade.
Também afirmou que não faria comentários sobre a proximidade de Trump com o ex-presidente Jair Bolsonaro. "O presidente dos Estados Unidos lida com outros presidentes. Ele (Trump) vai ter isso em mente", afirmou.
O assessor especial se lembra da experiência com o ex-presidente George W Bush em mandatos anteriores de Lula. Ele afirma que a expectativa inicial era que o republicano fosse "agressivo" por causa da invasão do Iraque, mas que a relação foi pragmática e até próxima.
"É claro que tudo hoje é mais complicado, mas não vamos antecipar problema", completou.
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