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Irmãos dizem à Justiça que Saul Klein manchou o nome da família
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Michael Klein e Eva Klein disseram à Justiça que o irmão Saul Klein, acusado de aliciar e estuprar 14 mulheres, "manchou" o nome da família.
Os três são filhos de Samuel Klein, fundador das Casas Bahia, que faleceu em novembro de 2014.
As declarações foram feitas em um processo no qual Saul tenta remover Michael da função de inventariante da fortuna deixada pelo pai.
Saul afirma que o irmão mais velho tem administrado os bens de forma "peculiar", sem dar satisfação aos demais herdeiros e diz suspeitar de que há confusão patrimonial entre as contas pessoais de Michael e as do espólio.
Em petição enviada à 4ª Vara Cível de São Caetano, Michael diz que Saul não demonstrou qualquer irregularidade e que faz "ilações" para tumultuar o processo com o objetivo final de "obter vantagens indevidas".
Michael diz que o irmão é "perdulário" e "inconsequente" e lembra que ele sofreu uma ação de interdição movida pelo próprio filho (processo que já foi extinto). Em 11 anos, segundo o documento, Saul teria reduzido seu patrimônio em R$ 1,4 bilhão.
O empresário afirma também que o irmão leva uma vida "nababesca" e "extravagante" e que ele "envergonha" a família, citando as acusações de aliciamento de mulheres e de abuso sexual.
Eva Klein, filha mais nova do fundador das Casas Bahia, disse à Justiça que Michael vem atuando com esmero na administração do espólio e afirmou ser opor de modo veemente a sua eventual substituição por Saul, que, segundo ela, vive uma "vida irresponsável do ponto de vista financeiro e moral".
"Ao invés de manter o legado de seu pai, como faz Michael, Saul mancha o nome da família, com suas condutas reprováveis e escandalosas", afirmou. "Gasta milhões de reais para manter seu estilo de vida depravado."
Os advogados de Saul negam que ele tenha cometido crimes e afirmam que ele é um "sugar daddy", termo que descreve homens que têm o fetiche de sustentar financeiramente mulheres jovens em troca de afeto e sexo.
Segundo a defesa, Saul é vítima de um grupo organizado que se uniu com o objetivo de enriquecer ilicitamente por meio da realização de ameaças e da apresentação de acusações falsas à Justiça.
O Ministério Público investiga as acusações.
A Justiça ainda não analisou o processo no qual Saul pede a substituição do inventariante do espólio do pai.
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