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Justiça condena espólio de Marcelo Rezende por erro em reportagem
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O Tribunal de Justiça de São Paulo condenou o espólio do jornalista Marcelo Rezende, que morreu em 2017, a pagar uma indenização de R$ 20 mil a um homem que foi alvo de uma reportagem do "Cidade Alerta".
Em 2015, o programa fez uma reportagem de cerca de 15 minutos sobre A.C.S., que estava sendo processado criminalmente pelo abuso sexual de uma filha. Marcelo Rezende o tratou como culpado, mostrou sua fotografia e disse que ele havia violentado a filha e um filho de 1 ano. Cerca de 40 dias depois da exibição da reportagem, A.C.S foi absolvido pela Justiça.
Além de atingir os herdeiros de Rezende, a condenação por danos morais recai também sobre o jornalista Percival de Souza, que participou do programa, e a TV Record. Ao comentar a acusação, Percival disse no "Cidade Alerta" que o homem era "insaciável e irrecuperável".
O desembargador Rômulo Russo, relator do processo no Tribunal de Justiça, disse que o programa cometeu excessos ao afirmar que laudos comprovavam que A.C.S havia abusado das crianças. "Inexistia laudo afirmando a ocorrência de estupro de vulnerável." Ressaltou também que, embora a reportagem dissesse que ele havia violentado as duas crianças, nem havia suspeita em relação ao menino.
Os herdeiros de Rezende, a Record e Percival de Souza ainda podem recorrer da decisão.
Na defesa apresentada à Justiça, os filhos do apresentador afirmam que ele foi um dos grandes nomes do jornalismo brasileiro e que, na reportagem sobre o suposto abuso, atuou de forma "límpida e imparcial", tendo como base informações prestadas pelas autoridades policiais e pela mãe das crianças. "À época da matéria, A.C.S ainda não havia sido absolvido das acusações."
Rezende teve cinco filhos. A defesa foi apresentada por um deles, Diego Esteves Fernandes, que é o inventariante da herança deixada pelo pai.
A Record disse à Justiça que "apenas prestou serviço de informação, sem ofender, em momento algum, a honra ou imagem de A.C.S.".
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