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Rogério Gentile

REPORTAGEM

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Porsche, Audi e Mercedes de dono da Itapemirim são leiloados por dívida

Porsche Panamera, imagem ilustrativa - Divulgação
Porsche Panamera, imagem ilustrativa Imagem: Divulgação

Colunista do UOL

17/08/2022 10h30

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O empresário Sidnei Piva de Jesus, dono do grupo Itapemirim, teve três carros de luxo leiloados por ordem judicial em razão de uma dívida estimada em cerca de R$ 3,9 milhões.

Os carros leiloados são uma Porsche Panamera (2019/2020), um Audi Q7 (2019) e uma Mercedes-Benz C180 (2019).

O leilão foi realizado pela D1 Lance Leilões no dia 10 de agosto, e obteve, respectivamente, R$ 418,3 mil, R$ 340,6 mil e R$ 140,2 mil com as vendas, valores que deverão ser utilizados no abatimento da dívida.

O pregão foi realizado em um processo no qual a Rad do Brasil Indústria e Comércio cobra na Justiça o pagamento da dívida de R$ 3,9 milhões de uma das empresas de Piva (a Tr,ans Sistemas de Transportes), referente a um contrato de 2014 para prestação de serviços e fornecimento de equipamentos.

A Trans Sistemas de Transporte chegou a assinar em 2018 um acordo de confissão e parcelamento da dívida, mas o descumpriu.

Piva ainda pode tentar impugnar o leilão.

O empresário é o mesmo que, apesar das dificuldades financeiras da Itapemirim e da pandemia do coronavírus, criou em fevereiro de 2021 uma empresa aérea, a Ita (Itapemirim Transportes Aéreos).

A empresa aérea fez o seu voo inaugural em 29 de junho de 2021, decolando do aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, com destino a Brasília. Seis meses depois, no entanto, às vésperas do Natal, interrompeu suas atividades, prejudicando milhares de passageiros.

Piva tentou impedir a realização do leilão dos carros de luxo argumentando que a Justiça havia bloqueado todos os seus bens nos autos do processo de recuperação judicial da Itapemirim, mas o pedido não foi acolhido.

Em julho, a coluna noticiou ainda que os mesmos carros haviam sido penhorados em um terceiro processo, nesse caso por conta de uma dívida estimada bem R$ 1,2 milhão.

Os advogados de Piva afirmaram, neste terceiro processo, que as suas empresas estavam enfrentando dificuldades financeiras, situação que, de acordo com eles, havia sido agravada pelas medidas restritivas adotadas pelo Estado de São Paulo no contexto da pandemia.

"O executado [Piva] conhece suas obrigações e delas não se exime. Querem cumprir o acordado, muito embora a situação delicada não o permita", afirmaram à Justiça.