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Suspeito de bancar atos golpistas tem agressão e porte ilegal no currículo
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Um dos empresários suspeitos de financiar os atos golpistas após a derrota de Jair Bolsonaro na eleição presidencial, Diomar Pedrassani, de 43 anos, já foi citado em dois processos na Justiça de Mato Grosso, onde mora.
Gaúcho de Espumoso, cidade localizada a 258 km de Porto Alegre, o empresário agrediu o motorista de uma carreta que transportava soja para sua fazenda, em Jangada (MT), em março de 2020.
Após uma discussão, de acordo com o relato feito pelo motorista à polícia, o empresário deu vários tiros em sua direção, sem atingi-lo, dizendo: "você vai morrer". Na sequência, entregou a arma para uma pessoa que o acompanhava e desferiu diversos socos no motorista.
O motorista disse que apenas pôde se defender, pois, além de armado, o empresário estava acompanhado de oito funcionários. Afirmou que as agressões pararam apenas quando um irmão do empresário chegou.
Um laudo pericial confirmou que o motorista foi agredido.
O empresário disse à polícia que o motorista estava muito nervoso e que começou a discussão, fazendo-lhe várias ofensas.
Afirmou que, em decorrência da discussão, houve uma briga física, mas que em nenhum momento se utilizou de uma arma de fogo. "Essa história de arma não existiu, apenas tivemos um desentendimento verbal que culminou em agressão física devido às diversas ofensas e desaforos proferidos pelo motorista", declarou.
O Ministério Público propôs ao empresário um acordo de transação penal por meio do qual ele cumpriria uma pena alternativa em troca de não ser processado. A Promotoria disse à Justiça ter levado em conta "a menor potencialidade do ilícito" e "os bons predicados pessoais e jurídicos do autor do fato".
O empresário aceitou o acordo, pagando uma prestação pecuniária de R$ 2 mil para um conselho de segurança da região.
Um segundo processo descreve que Pedrassani foi preso em flagrante em 23 de outubro de 2021 por porte ilegal de arma.
Na ocasião, ele se meteu em uma briga com uma pessoa que estava em um posto de gasolina em Cuiabá, durante a madrugada, quando tinha ido ao local comprar bebida alcoólica. Ele foi para casa e voltou com uma pistola Taurus.
Acionada, a polícia encontrou 12 munições intactas em seu carro. De acordo com os policiais, ele não tinha porte de arma, apenas o registro do armamento, vencido havia dois anos.
Ao ser interrogado na delegacia, disse que a discussão ocorreu após a sua esposa ter sido assediada por um dos rapazes que estavam no posto de gasolina.
Afirmou que entrou em luta corporal com o rapaz e que recebeu alguns socos na região da cabeça. Ele declarou que foi embora e voltou com a arma, mas que em nenhum momento a retirou do veículo.
Ele pagou uma fiança de R$ 1.000 e foi liberado.
O empresário, que teve as contas bloqueadas por decisão do ministro Alexandre de Moraes (STF) por suspeita de financiar atos golpistas, disse em entrevista à Jovem Pan, que se sente "abusado".
"Eu tenho três caminhões, não sou um grande milionário. Jamais financiei atos antidemocráticos. Quero que me provem que os meus caminhões trancaram alguma via", declarou.
"É uma coisa triste. Não protesto por decisão eleitoral. Se o Lula foi vitorioso, feliz o Lula. Se o Bolsonaro foi perdedor, temos que aceitar." Todos temos de aceitar." Segundo ele, os protestos ocorrem, na verdade, contra "as arbitrariedades da Justiça".
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