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Justiça de SP apreende R$ 1,7 milhão das contas de Willian Bigode
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A Justiça paulista determinou a apreensão de R$ 1,7 milhão que foi encontrado nas contas bancárias do jogador de futebol Willian Bigode, atualmente no Athletico Paranaense.
A decisão foi tomada pelo juiz Christhoper Roisin em um processo movido pelo atleta Maike, lateral do Palmeiras.
Maike disse à Justiça que, em razão da amizade e relação de confiança que tinha com Bigode, seu antigo companheiro de clube, acabou sendo convencido por ele a investir cerca de R$ 4,6 milhões em uma aplicação de criptomoedas feita pela empresa Xland Holding.
A promessa era de conseguir uma rentabilidade de até 5% ao mês. Meses depois, Maike requisitou o levantamento do valor, um lucro de cerca de R$ 3,2 milhões, mas o pagamento nunca foi feito. O jogador Gustavo Scarpa, outro ex-Palmeiras, hoje no Nottingham Forest (Inglaterra), também processou Willian, afirmando ter sido vítima da mesma situação.
Maike cobra na Justiça a restituição de cerca de R$ 7,8 milhões, a soma do valor investido e da rentabilidade prometida.
A Justiça ordenou no dia 10 de abril o bloqueio de R$ 7,8 milhões das contas de Bigode, mas foram encontrados apenas R$ 1,7 milhão.
O juiz Roisin determinou, então, o arresto (a apreensão) do valor que deverá ficar em uma conta judicial até o julgamento do mérito do processo.
Bigode pode recorrer.
O atleta disser à Justiça que sua empresa, a WLJC, nunca teve em seu poder os valores que foram aplicados em criptomoedas.
"Todos os valores tiveram como destinatários a Xland", afirmou.
Ele afirmou que a WLJC, como uma empresa de gestão financeira, indicou a aplicação, mas não participou do contrato, uma vez que não é uma corretora de investimentos.
Por meio de suas redes sociais, o atleta declarou que também foi vítima da Xland, argumentando que não recebeu os recursos que aplicou em criptomoedas.
"Não sou dono nem sócio da Xland, muito menos golpista. Até porque não peguei dinheiro de ninguém."
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