Justiça rejeita recurso de Suzane para reduzir tratamento psiquiátrico
Os desembargadores do Tribunal de Justiça de São Paulo rejeitaram o pedido feito por Suzane von Richthofen para reduzir a periodicidade dos seus tratamentos psiquiátrico e psicológico.
Condenada em 2002 a uma pena de 39 anos de prisão por participar do assassinato dos pais, Suzane obteve a progressão para o regime aberto em janeiro do ano passado.
Desde então, ela passou a ser obrigada a passar semanalmente por um psicólogo do Centro de Atenção Psicossocial e a fazer uma sessão por mês com um psiquiatra.
Em junho, a Secretaria Municipal de Saúde de Bragança Paulista, cidade onde ela mora, pediu à Justiça que as consultas fossem espaçadas para uma vez por mês (psicólogo) e uma vez a cada três meses (psiquiatra).
A secretaria argumentou que Suzane "não tem apresentado queixas e/ou alterações psicopatológicas que justifiquem algum transtorno mental".
Como o juiz Carlos Scala de Almeida recusou o pedido, Suzane apresentou um recurso ao Tribunal de Justiça.
"A paciente evoluiu no tratamento a que foi submetida, conforme se infere do relatório do médico. Não há razão para deixar de atender ao pedido da Secretaria Municipal de Saúde", afirmou à Justiça a advogada Jaqueline Domingues, que a representa.
A 5ª Câmara de Direito Criminal, no entanto, rejeitou o recurso.
O desembargador Damião Cogan, relator do processo, afirmou que Suzane vem tendo uma reinserção social positiva e sem alterações psicopatológicas, "o que deve ser entendido como fruto do bom trabalho realizado pela Secretaria de Saúde, o que justifica a sua manutenção".
Ele recomendou nova avaliação em seis meses.
Suzane é responsável por um dos crimes mais chocantes da história do país. Aos 18 anos, no dia 31 de outubro de 2002, a então estudante de direito da PUC-SP abriu a porta da casa da família no Brooklin, em São Paulo, para que o namorado e o irmão dele assassinassem a pauladas os seus pais, Manfred e Marísia von Richthofen.
9 comentários
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Roberto Puglia
A assassina deveria estar presa até 2041, pela sentença proferida no julgamento...em 2024 já está a solta..breve comentário sobre a "justiça" brasileira.
Marcus Vinicius Lopes Camacho Meyer
e essa criatura tem cura ?
Joao Orestes Schneider Santos
Sim, acreditem! Suzane Richthoffen está solta! Elise Matsunaga está solta! Casal Nardoni está solto! Executores de crimes bárbaros não esquentaram na cadeia! Todos estão SOLTOS! Existe justiça na Pindorama??????