Aproveitadores penalizam duplamente vítimas da queda do avião
Tanto os mortos como seus parentes — todos vítimas do acidente com o avião da Voepass — acabam sendo penalizados também por um sistema de aproveitadores.
Têm aqueles que estão inventando vaquinhas fraudulentas de internet em nome de familiares das vítimas, que nada pediram.
A mulher do piloto do avião chegou a declarar no programa Fantástico que sente como se estivessem assassinando seu luto. Que ela nada pediu de dinheiro e não autoriza vaquinhas em seu nome ou de familiares.
Têm também algumas empresas que se aproveitaram para obter uma margem maior de lucros descuidando da segurança e do conforto de seus usuários. Um dos pilotos da Voepass pediu, com razão, que a opinião pública não se apresse em condenar a empresa.
De fato, o caso ainda tem que ser apurado. Mas é compreensível que as pessoas fiquem desconfiadas, diante de cenas como aquela que se viu, de um dos aparelhos voar lotado de passageiros com o ar condicionado quebrado.
Há ainda os grandes conglomerados que promovem uma chicana jurídica para não pagar indenizações pelas mortes. Quando não, as causas, por si só, levam anos para serem pagas.
Foi o caso do acidente do Airbus da TAM em Congonhas, em 2007, cujo acordo da empresa que construiu o aparelho com parentes das vítimas só foi fechado em 2017. Dez anos depois!
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