Tales Faria

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Opinião

Se nem a cadeirada mexeu no resultado do Datafolha, é porque nada mais muda

A pesquisa Datafolha sobre a eleição para prefeito de São Paulo, divulgada nesta quinta-feira, 19, teve seu levantamento realizado - todo ele - entre os dias 17 e 19 de setembro.

Ou seja após o debate do domingo, 15, em que o candidato do PSDB, José Luiz Datena, desferiu uma cadeirada em Pablo Marçal, do PRTB.

A cadeirada tornou-se o evento mais marcante e comentado da eleição após o lançamento da candidatura de Marçal.

O candidato do PRTB surgiu como um verdadeiro tsunami, chegando a aparecer em primeiro lugar em algumas pesquisas. Depois estacionou e chegou até a cair dentro da margem de erro.

Mas esperava-se que a cadeirada, diante do quanto mexeu com a opinião pública, provocasse algum movimento na preferência do eleitorado.

Mas não é o que mostrou a última pesquisa do Datafolha.

No levantamento imediatamente anterior à cadeirada, divulgado na quinta-feira, 12, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) ficou com 27% na preferência do eleitorado, Guilherme Boulos (Psol), com 26% e Pablo Marçal, com 19%.

Nesta última pesquisa, a única variação entre os três não conta: Boulos subiu um ponto percentual, ou seja, absolutamente dentro da margem de erro de três pontos.

A única conclusão a que se pode chegar, então, é que a cadeirada não mexeu com a disposição de voto do eleitorado faltando apenas 17 dias para a votação, no dia 6 de outubro.

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Se a cadeirada não mexeu com o eleitorado, é sinal de que a campanha eleitoral praticamente acabou. Só um novo tsunami para tirar Nunes e Boulos do segundo turno.

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Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

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