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Thaís Oyama

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

PL de Valdemar esperneia, mas deve ficar escanteado na CPMI do 8/1

Colunista do UOL

26/04/2023 15h02

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A colunista do UOL Thaís Oyama detalhou como deverá ser a composição do comando da CPMI dos atos golpistas de 8/1.

O que apurei é que a fórmula pretendida é a seguinte: a presidência da CPMI ficaria com o Senado, onde o governo tem maioria; a relatoria seria dividida entre os interesses do governo e os do presidente da Câmara dos Deputados Arthur Lira (PP-AL)".

O nome mais cotado é o do deputado federal Arthur Maia (União Brasil-BA), que é do partido da base aliada do governo. Ao mesmo tempo, Arthur Maia se diz da ala independente do União Brasil. Esse seria um perfil exemplar do que se pretende nesse acordo: alguém que agradaria Arthur Lira e palatável para o governo".

Oyama também apurou que, apesar do presidente do PL Valdemar Costa Neto fazer força para ter o comando da CPMI dos atos golpistas de 8/1, isso não deve acontecer.

Tem também o PL do Valdemar Costa Neto, que está esperneando. As chances são muito poucas, o argumento deles apela para a tradição. É tradição, dizem eles, que a CPMI seja presidida por um parlamentar que represente o partido que entrou com um requerimento de abertura da CPI".

Fato é que o PL não manda nada no Senado e não tem maioria na Câmara. É mais provável que o PL fique escanteado, apesar dos esperneios do presidente e da bancada"

Oyama: Defesa fez simulação do momento em que Bolsonaro postou vídeo

Com muitas perguntas a serem respondidas à Polícia Federal, a defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) quis fechar o depoimento apenas no compartilhamento do vídeo dos atos golpistas de 8/1.

Os advogados de Bolsonaro analisaram que o ex-presidente teria muitas perguntas a serem respondidas, mas quiseram evitar que isso acontecesse, segundo a colunista do UOL Thaís Oyama.

Ele foi convocado para falar sobre esse vídeo que ele postou na madrugada do dia 10 para o dia 11, que foi uma repostagem de um procurador do Mato Grosso e colocava em dúvida a vitória do presidente Lula (PT). O que combinaram os advogados? Como os procuradores faziam menção a muitas outras coisas além do vídeo, como os questionamentos que o próprio Bolsonaro tinha feito sobre as urnas eletrônicas e não ter reconhecido a derrota, os advogados falaram: 'isso criou um espectro muito grande de perguntas, vamos ter que prepará-lo para responder muita coisa. Então, vamos combinar que a gente só vai deixar que ele responda às perguntas dos policiais referente a esse vídeo que ele postou'".

Eles foram fechados nesse consenso para a Polícia Federal e lá eles avisaram com antecedência para os quatro investigadores: 'nosso cliente só vai responder às perguntas referentes ao vídeo postado'".

Para a alegação ter força, eles levaram um "vídeo ilustrativo" mostrando o suposto compartilhamento desproposital de Bolsonaro.

Eles levaram, inclusive, um vídeo ilustrativo. Ou seja, eles simularam o momento em que Bolsonaro teria se enganado. Eles mostraram que Bolsonaro apertou o botão de compartilhar, abriram-se na tela vários ícones, ele apertou o botão duas vezes e, quando ele viu, o vídeo estava no feed".

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