Comprovante de votação não indica em quem o eleitor votou
Comprovante de votação não indica em quem o eleitor votou como sugere em vídeo uma mulher que diz que "nós já encontramos um meio de auditar os votos", e que para isso seria necessário que "cada um de nós se comprometesse a guardar o comprovante de comparecimento às urnas e entregar para o senhor". A mulher se referia ao presidente da República. O comprovante de votação, no entanto, não é um método de auditoria dos votos.
O documento é entregue ao eleitor depois que ele sai da cabine de votação e serve como comprovante de quitação eleitoral - isto é, demonstra que o eleitor não tem pendência com a Justiça Eleitoral. Esse tipo de documento também pode ser emitido pelo próprio eleitor no portal do TSE.
O comprovante de votação não indica em quem o eleitor votou, porque o voto é sigiloso, como garante a Constituição Federal.
Conferência dos votos. Antes da votação, a urna emite a zerésima, que indica que não há votos registrados no equipamento. Ao final da votação, é possível saber quantos votos cada candidato teve a partir da emissão do Boletim de Urna.
O país tem mais de 156 milhões de eleitores e a totalização é feita por um supercomputador e acompanhada por uma equipe de 20 pessoas que monitoram os sistemas.
Auditoria. As urnas eletrônicas passam por diversos procedimentos de auditoria, que nestas eleições começaram com um ano de antecedência —em pleitos anteriores, ocorria ao longo de seis meses.
A primeira etapa da preparação para auditoria e fiscalização das urnas é a abertura do código-fonte, que acontece no ano anterior à eleição. A das eleições de 2022 aconteceu em 4 outubro de 2021.
O segundo passo do processo de auditoria e fiscalização é o TPS (Teste Público de Segurança), que começou em novembro do ano passado e foi finalizado em maio deste ano. Durante seis dias, 26 investigadores fizeram 29 tentativas de ataque às urnas do modelo UE 2015. Cinco ataques foram considerados relevantes, e foram reproduzidos no teste de confirmação em maio de 2022 após ajustes feitos pelo TSE. Entre os planos de ataque considerados bem-sucedidos, o que mais chamou atenção foi conduzido por uma equipe da PF, que conseguiu ultrapassar a barreira de segurança da rede de transmissão e acessar a rede do TSE. O ataque, porém, não conseguiu adulterar informações ou chegar ao sistema de votação.
O novo modelo de urna eletrônica adquirido pelo TSE passou por testes realizados por professores e pesquisadores da Escola Politécnica da USP. Os testes serão similares ao que foi submetido o modelo UE 2015 durante o mais recente TPS.
No dia da eleição, as urnas são submetidas ao Teste de Integridade. Todos os Tribunais Regionais Eleitorais (estados e Distrito Federal) realizam o teste, transmitido online durante todo o período de votação.
O vídeo verificado foi publicado no Facebook e replicado em diversas páginas. A publicação tinha mais de 28 mil visualizações.
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