Cerca de 10.000 se reúnem em protesto no Centro de Porto Alegre
Cerca de 10.000 manifestantes se reuniram nas ruas do Centro de Porto Alegre na noite desta segunda-feira (24). O cálculo é da Secretaria de Segurança Pública --e o tamanho do grupo corresponde a metade do que foi às ruas na quinta-feira (20) quando as condições climáticas também eram adversas, com chuva e frio. Os protestos são contra o aumento das passagens.
Protestos continuam
- Dilma quer plebiscito que autorize Constituinte para reforma política
- RJ: Taxistas ocupam ruas da zona sul em protesto contra bloqueio a novas licenças
- SP: Alckmin suspende reajuste de pedágios e nega que medida seja 'populista'
- GO: Duas manifestantes morrem durante protesto
- BH: Manifestantes fecham rodovia
- DF: Após pressão popular, Congresso debate temas relacionados às manifestações
A sede do governo estadual, o Palácio Piratini, foi totalmente isolado pela Brigada Militar --PM do Rio Grande do Sul. Apenas os moradores podem passar num raio de três quadras.
15 presos
A BM (Brigada Militar) fez 15 prisões de vândalos que agiram durante o protesto no Centro de Porto Alegre da noite desta segunda-feira (24). O grupo, segundo informações da BM, não fazia parte da marcha e aproveitou a concentração de policiais em outras regiões para depredar e saquear lojas e carros.
O confronto mais grave se deu na esquina da Borges de Medeiros com a rua da Praia – a chamada de Esquina Democrática. Pedras e rojões foram jogados contra os policiais, que respondeu com bombas de gás e de efeito moral. A tropa de choque e a cavalaria entraram em ação para dispersar os vândalos.
Manifestantes contrários aos atos de depredação se posicionaram em frente a uma loja de cosméticos para impedir a depredação. Segundo a BM, uma briga entre os arruaceiros e grupos contrários à baderna provocou a confusão, que demorou mais de uma hora para ser controlada. A intervenção teria sido necessária, segundo a corporação, porque alguns baderneiros portavam rojões e pedras. Não há informação sobre feridos.
Mais cedo, um grupo composto por cerca de 70 pessoas depredou e saqueou bares e automóveis na rua João Alfredo, região central de Porto Alegre, durante a realização da passeata de protesto convocada pelo Bloco de Luta pelo Transporte Coletivo. O grupo não fazia parte da marcha e aproveitou a concentração de PMs em outras regiões para cometer atos de vandalismo.
Por volta das 19h40min, os manifestantes começaram a depredar os bares, que estavam fechados, contêneires da coleta de lixo e carros estacionados no local. Alguns arruaceiros quebraram os vidros e as portas dos estabelecimentos. Um veículo Corsa e um Agile tiveram os pneus e os rádios furtados.
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Por recomendação do Sindilojas, o comércio de rua de Porto Alegre fechou as portas às 16h30 de ontem para evitar transtornos com mais uma manifestação contra o aumento das passagens.
Até o Mercado Público, tradicional ponto de vendas do Centro, suspendeu as atividades de mais de 100 bancas antes do horário de fechamento, às 20h. Bancos e lojas reforçaram as medidas de segurança com a colocação de tapumes nas vitrines. Uma agência da Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE) lacrou toda a frente do prédio.
O Palácio Piratini, sede do governo estadual, foi totalmente isolado pela Brigada Militar. Apenas os moradores puderam passar num raio de até três quadras.
A BR 116, principal rodovia da região metropolitana, foi bloqueada nos dois sentidos em Canoas a partir das 17h por mais de mil manifestantes, segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF). Vândalos quebraram vidros de uma galeria e também roubaram objetos de uma relojoaria. Cinco suspeitos de roubar motoristas, presos no congestionamento, também foram detidos pela Brigada Militar.
A mesma rodovia também foi bloqueada em São Leopoldo. Outras três estradas foram interrompidas no estado por manifestações populares.
OS PROTESTOS EM IMAGENS (Clique na foto para ampliar)
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