Jovem é baleada em protesto em UPP no Rio; PM usou armas de fogo durante ato
Policiais militares da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) de Manguinhos, na zona norte do Rio de Janeiro, utilizaram armas de fogo durante manifestações realizadas por moradores da comunidade na tarde desta quinta-feira (17), por conta da morte de um rapaz de 18 anos, na madrugada. A família de Paulo Roberto Pinho de Menezes, 18, aponta os PMs como responsáveis pelo óbito do rapaz.
Pais acusam policiais de morte de jovem no Rio; PM nega
Uma jovem que mora na comunidade levou um tiro na perna durante o ato e foi levada para o Hospital Municipal Salgado Filho, no Méier, também na zona norte. Juliane Karoline Cavalcante dos Santos, 17, deu entrada na unidade no início da tarde e às 18h já havia recebido alta.
A 8ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar abriu procedimento apuratório para esclarecer os fatos e, segundo a PM, está à disposição da Polícia Civil para perícia. Os casos estão sendo investigados pela 21ª DP (Bonsucesso).
A Coordenadoria de Polícia Pacificadora informou que a base da UPP na localidade da Coreia foi depredada durante o protesto dos moradores.
Morte de jovem
Segundo a Polícia Civil, o corpo de Paulo Roberto foi encaminhado para o IML (Instituto Médico Legal) e passou por exame de necropsia, que poderá apontar as causas da morte, ainda desconhecidas. O enterro do jovem será realizado nesta sexta-feira (18), às 15h, no Cemitério de Inhaúma, também na zona norte.
De acordo com o comandante da UPP, o capitão Gabriel Toledo, por volta das 3h15, policiais em patrulhamento de rotina avistaram quatro jovens em atitude suspeita em uma localidade conhecida como Barrinho. "Ao se aproximarem para realizar a abordagem, um dos jovens fugiu em direção a um beco, visivelmente alterado, e caiu desmaiado antes mesmo de ser capturado pelos policiais", informou Toledo, por meio de nota enviada pela Coordenadoria de Polícia Pacificadora.,
Ainda segundo o capitão, os agentes colocaram o jovem desacordado dentro da viatura e o levaram para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) de Manguinhos, onde ele já teria chegado morto. A assessoria da UPP afirmou que os policiais da unidade ouviram dos jovens que estavam com Paulo Roberto que ele havia cheirado "loló" (lança-perfume) minutos antes do ocorrido.
A Polícia Civil informou que seis PMs que estavam de plantão na UPP e o comandante da unidade já foram ouvidos. A mãe do jovem, outros familiares e testemunhas também prestaram depoimento, segundo a polícia.
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