Menos da metade dos denunciados pelo Gaeco por elo com PCC foram condenados
Resumo da notícia
- Entre 2016 e 2019, 1.802 foram denunciadas pelo MP de terem elo com PCC
- Do total de pessoas denunciadas, a Justiça paulista condenou 792
- O Gaeco também denuncia lavagem de dinheiro e crimes contra administração pública
Entre 2016 e 2019, o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) do MP (Ministério Público) fez 317 denúncias contra 1.802 pessoas por ligação com o PCC (Primeiro Comando da Capital). Dessas, 792 (44%) foram condenadas, segundo relatório divulgado hoje pela Promotoria. Isso, no entanto, não quer dizer que todos os outros foram absolvidos: outros processos seguem em andamento.
Foi por meio de uma investigação do Gaeco que se descobriu, por exemplo, um plano de fuga de Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, chefe da maior facção criminosa do país. Depois da apuração, ele e toda a cúpula do bando foram transferidos para presídios federais.
Além de atuações contra o PCC, promotores do Gaeco denunciam agentes públicos e suspeitos de praticar lavagem de dinheiro e crimes contra a administração pública.
No período contemplado pelo balanço divulgado hoje, o Gaeco apresentou 692 denúncias que culminaram em 5.311 prisões.
"Os resultados obtidos pelo Gaeco junto à magistratura permitem afirmar que o grupo é fundamental para o combate à impunidade: foram 1.881 indivíduos condenados - 792 por ligações com o PCC, 345 agentes públicos, 335 por crimes ligados à administração pública e 93 por lavagem de dinheiro", informou a Promotoria.
De acordo com a prestação de contas, o Gaeco apreendeu 101 toneladas de substâncias ilícitas entre 2016 e 2019. "Do montante, a droga com maior volume de apreensão foi a maconha (88,03 toneladas), seguida pela cocaína (12,24 toneladas) e pelo crack (722,97 quilos)", aponta o MP. No mesmo período, 887 armas foram apreendidas.
"Durante a atual gestão, o combate ao crime organizado passou a ser concretizado em uma tríplice vertente: contra as organizações criminosas em si, a lavagem de dinheiro e a corrupção de agentes públicos", afirmou a Promotoria paulista.
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