Taguaí: motorista de ônibus sofre ameaças, mas está seguro, diz polícia
O motorista do ônibus envolvido no acidente que matou 41 pessoas na quarta-feira (25) em Taguaí, no interior paulista, sofreu ameaças de morte, mas agora está em local seguro, de acordo com a delegada Camila Rosa Alves, responsável pela investigação.
"Ele prestou depoimento hoje, está em contato conosco e em um local seguro. [As ameaças de morte] foi [a informação] que me passaram", disse ela ao UOL, por telefone.
O acidente ocorreu na rodovia Alfredo de Oliveira Carvalho, entre Taguaí e Taquarituba, na região de Avaré. Trata-se de um trecho com bastante curvas e faixa contínua.
A colisão foi entre um ônibus que transportava funcionários de uma fábrica de jeans e uma carreta que levava estrume. A Star Turismo, empresa responsável pelo coletivo, operava de forma ilegal há mais de um ano, conforme a Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp).
A Polícia Civil de São Paulo aguarda laudos técnicos para esclarecer o que ocorreu no acidente, mas afirma que também apura versões conflitantes apresentadas pelo motorista do ônibus, por um caminhoneiro que teria sido ultrapassado pelo ônibus e pelo passageiro sobrevivente do caminhão envolvido no acidente.
De acordo com a polícia, a versão apresentada pelo motorista do ônibus é de que o freio do veículo falhou e teve de alterar a direção para tentar evitar algo pior. Já as versões do caminhoneiro que teria sido ultrapassado pelo ônibus e do passageiro sobrevivente do caminhão são semelhantes: apontam que o ônibus tentou ultrapassar em área proibida.
Situação das vítimas
Cinco dos 11 internados em decorrência do acidente entre um ônibus e um caminhão em uma rodovia em Taguaí (SP) tiveram alta hospitalar após melhora clínica, segundo a Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo.
Dos seis que ainda seguem internados, um está no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu, dois estão na Santa Casa de Avaré, um no Pronto-socorro de Avaré e dois na Santa Casa de Itaí. Todas as unidades estão no interior de São Paulo.
Além das 11 pessoas que foram internadas em hospitais no interior de São Paulo, outras quatro pessoas chegaram a ser removidas com vida do local do acidente, mas morreram "devido à gravidade clínica, antes mesmo de dar entrada nos serviços de saúde", segundo a secretaria.
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