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'Gatinha da Cracolândia' diz que se arrepende: 'Minha vida acabou'

Lorraine Bauer Romeiro, a "Gatinha da Cracolândia", foi flagrada em imagens vendendo drogas com o companheiro André Luiz de Almeida na feira livre do tráfico no centro de São Paulo - Reprodução
Lorraine Bauer Romeiro, a 'Gatinha da Cracolândia', foi flagrada em imagens vendendo drogas com o companheiro André Luiz de Almeida na feira livre do tráfico no centro de São Paulo Imagem: Reprodução

Do UOL, em São Paulo

05/12/2021 22h10

Lorraine Bauer Romeiro, que ficou nacionalmente conhecida como "Gatinha da Cracolândia", assumiu novamente que traficava drogas na região do centro de São Paulo e disse que se arrepende do seu envolvimento.

"Tem dia que eu acordo e eu não acredito que eu tô aqui. Parece que foi um pesadelo, porque foi tudo tão rápido. Minha vida acabou", disse Lorraine, que está presa há quatro meses no Centro de Detenção Provisória de Franco da Rocha, em entrevista ao Domingo Espetacular, da TV Record.

Lorraine disse também que foi "hipócrita", porque costumava dizer que se sentia mal pelos dependentes químicos que frequentavam a região, mas isso não a impedia de continuar vendendo drogas para eles.

Ela reforçou a versão que deu em sua última audiência virtual, ao qual o UOL teve acesso, quando contou que mentiu ao dizer que era apenas uma usuária. Ela admitiu o tráfico, mas fez a ressalva de que não tem ligações com o crime organizado e que não era chefe de nada.

Segundo Lorraine, sua participação no tráfico sequer dava dinheiro suficiente para que ela ostentasse ou pagasse as próprias contas. A "Gatinha da Cracolândia" diz que gastou tudo o que ganhava em "besteiras".

A única coisa que é verdade é que eu realmente estava lá e eu tava fazendo coisa errada. Estava traficando.
Lorraine Bauer Romeiro, "Gatinha da Cracolândia"

Durante a entrevista, ela evitou dar detalhes sobre o funcionamento do tráfico na Cracolândia ou seu faturamento. Lorraine também não quis implicar seu ex-namorado, André Luiz Santos de Almeida, em sua decisão de se juntar ao tráfico.

"Não foi algo que eu decidi, eu simplesmente estava lá. Eu ficava conversando, como se fosse um lugar normal. Eu fui porque eu quis, mas eu não sei o que se passava na minha cabeça. Pra mim era uma coisa normal, eu não tinha noção do perigo", afirmou, explicando ainda que não achava que seria presa por não ocupar uma função de destaque.