Milícia: júri condena 5 por matar homem que não pagou 'taxa de segurança'
A Justiça do Rio condenou na noite de sexta-feira (11) cinco suspeitos de integrar uma milícia pelo assassinato de um homem que se recusou a pagar pela "taxa de segurança", uma espécie de cobrança obrigatória em áreas dominadas pelo poder paralelo imposto por grupos paramilitares.
O grupo também foi condenado por uma tentativa de homicídio qualificada na mesma ação, em crime ocorrido em novembro de 2017 em Mesquita, na Baixada Fluminense. As penas variam de 17 a 23 anos de prisão.
De acordo com a denúncia oferecida pelo MP-RJ (Ministério Público do Rio), a quadrilha cobrava taxas a moradores e comerciantes, exercendo também um monopólio no fornecimento de serviços ilegais na região de domínio.
Segundo a denúncia, Natanael de Oliveira Gonçalves e Márcio Lima da Cunha, acusado de chefiar a milícia, compareceram ao estabelecimento de uma das vítimas para exigir o pagamento.
Dias após a recusa, o comerciante recebeu uma ligação de Paulo José Lírio Salviano para marcar uma conversa. No encontro, suspeitos de integrar a milícia desceram de um carro e dispararam contra a vítima, que sobreviveu. Mas o homem que o acompanhava não resistiu aos ferimentos e morreu no local.
Além de Natanael e Salviano, o Tribunal do Júri da 4ª Vara Criminal de Nova Iguaçu condenou Daniel Alex Soares da Silva, André Lemos da Silva e Marcos Paulo Bento de Souza. Márcio Lima da Cunha, apontado como o chefe da milícia, teve o processo desmembrado pois sofreu um AVE (acidente vascular encefálico) e não pôde ser julgado.
O Júri teve três dias de duração. Bruno de Faria Bezerra, o promotor de Justiça responsável pela acusação, foi escoltado durante todo o julgamento.
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