Nunes: Plebiscito sobre privatização não é razoável; vai além de sim ou não
O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), disse "não ser razoável" haver um plebiscito sobre as privatizações do Metrô, da CPTM e da Sabesp - posição contrária à defendida pelos trabalhadores das três empresas, em greve nesta terça (3). Para o prefeito, as audiências públicas são o espaço mais adequado para se discutir o tema.
O Tarcísio [de Freitas, governador de São Paulo] deixou muito claro ser favorável às concessões, que precisaria diminuir o tamanho do Estado e trazer mais eficiência aos serviços. A discussão é sempre importante e contribui muito. As audiências públicas estão previstas em lei. Não diria que o plebiscito é algo razoável porque é um 'sim' ou 'não', mas em uma audiência pública você coloca argumentos. [A privatização] Não é um tema para se falar 'sim' ou 'não'. É algo muito complexo. Ricardo Nunes (MDB), prefeito de São Paulo
Ao UOL News desta manhã, Nunes negou que a paralisação e a discussão sobre as privatizações possam afetar suas pretensões eleitorais, já que ele se candidatará à reeleição e deve contar com um possível apoio de Tarcísio de Freitas. Questionado se é a favor ou contra a privatização da Sabesp, o prefeito de São Paulo afirmou que "precisamos olhar o que é melhor para a população".
A ligação desse tema com a questão eleitoral é zero. Há concessões que melhoram o serviço. (..) Sou a favor de uma discussão de que, se for garantida a antecipação de investimento, haja atendimento aos funcionários, possamos manter o que a Prefeitura já tem e houver redução de tarifa, como ser contra [a privatização da Sabesp]? Temos que olhar o que é melhor para a população. Se for dentro dessas condições, sou a favor. Se for para aumentar tarifa, obviamente não. Ricardo Nunes (MDB), prefeito de São Paulo
Sindicato defende plebiscito sobre privatização em SP: 'Sufoco é todo dia'
O vice-presidente do Sindicato dos Metroviários de São Paulo, Narciso Soares, defendeu a realização de um plebiscito sobre a privatização do Metrô, da CPTM e da Sabesp. O líder sindical criticou o governador Tarcísio de Freitas, que disse haver um viés político na paralisação de hoje, e pediu que a população seja consultada sobre as privatizações.
Nossa luta tem a ver com defender os trabalhadores que utilizam o transporte público e o saneamento básico. A privatização, como tem demonstrado as linhas 8 e 9, só tem trazido pioras aos trabalhadores, que passam sufoco todo dia com a ViaMobilidade. Houve uma piora significativa e a privatização traz um prejuízo grotesco à população. Narciso Soares, vice-presidente do Sindicato dos Metroviários de São Paulo
Tatto: Tarcísio fracassou no processo de negociação e tenta politizar greve
O deputado federal Jilmar Tatto (PT-SP) criticou a postura do governador de São Paulo Tarcísio de Freitas sobre a greve do Metrô, da CPTM e da Sabesp nesta terça (3). O parlamentar disse que o governador, defensor das privatizações das três empresas, tenta "politizar a paralisação". Tatto ainda defendeu a realização de um plebiscito para a população decidir sobre o assunto.
Como ele foi incompetente no processo de negociação, o governador procura politizar e dizer que [a greve] é um processo eleitoral. Não é verdade. O Sindicato dos Metroviários está preocupado com o emprego deles. Há algo mais legítimo do que funcionário defender seu emprego? [A postura de Tarcísio] É uma forma de rebaixar o debate e de ele não ter responsabilidade. Jilmar Tatto, deputado federal (PT-SP)
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