SP: Homem confessa que matou cozinheira em hotel durante saidinha de Natal
O homem flagrado com a cozinheira Renata Teles em um hotel de Campinas, no interior de São Paulo, confessou que a matou. Ela foi achada morta em um quarto do estabelecimento, segundo a SSP-SP (Secretaria de Segurança Pública do Estado).
O que aconteceu
O homem foi indiciado pelo homicídio da cozinheira, de 43 anos. Ele foi identificado como Leandro Lustoza dos Santos, 43.
Leandro saiu da prisão para o Natal e retornou voluntariamente após o crime. Ele chegou à Penitenciária I de Sorocaba, no interior paulista, onde estava preso, ainda na segunda-feira (25). Porém, foi reconhecido por funcionários da unidade em reportagens sobre o assassinato da cozinheira, informou a SAP (Secretaria da Administração Penitenciária do Estado de São Paulo).
Ele confessou o crime após ser questionado, segundo SSP-SP e SAP. Depois de revelar que matou a cozinheira, achada morta na tarde do dia 25, Leandro foi apresentado à autoridade policial para registro da ocorrência.
A Polícia Civil ainda ouve depoimentos. Os investigadores aguardam a conclusão dos laudos periciais para finalizar o inquérito policial. O caso é investigado pela 3ª Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa, do Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais) de Campinas.
Agora, Leandro segue em presídio onde já cumpre pena por feminicídio. O UOL tenta contato com o advogado que representou Leandro no processo anterior, mas não obteve retorno. O espaço segue aberto para manifestação.
Relembre o caso
Corpo de cozinheira apresentava sinais de asfixia. O Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) foi chamado e constatou que a mulher estava morta.
A vítima chegou ao hotel de mãos dadas com Leandro na tarde do dia 24, véspera de Natal, como mostram imagens registradas pelas câmeras do estabelecimento. A gravação, obtida pelo Thmais, site jornalístico que cobre o interior de SP, mostra Renata chegando ao hotel, aparentemente tonta.
Na madrugada de segunda-feira (25), o homem saiu do local e não voltou mais.
Família diz que vítima não conhecia Leandro. "Ele se aproveitou dela. Ela travava uma batalha contra o alcoolismo, estava vulnerável. Ele deve ter visto ela ali pelas redondezas da rodoviária e se aproximou. Mas eles não tinham uma relação", afirmou Márcia Raquel, familiar da vítima, ao site Sampi Campinas.
Vítima deixou clínica para tratamento de alcoolismo em 23 de dezembro. Ela havia sido internada no dia 13 do mesmo mês em uma clínica de Sumaré, perto de Campinas, mas deixou o lugar em razão de problemas dos serviços do local e preferiu não continuar o tratamento em outro estabelecimento.
Indiciado foi condenado por matar companheira no Natal de 2018
Leandro matou uma mulher em 24 de dezembro de 2018. A servidora da Justiça Federal Mara Helena dos Reis, 51, foi assassinada pelo namorado dentro de casa em uma chácara no bairro Jardim Novo, na cidade de Ribeirão Pires, no ABC Paulista.
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Quero receberEle confessou o crime e se entregou à polícia na cidade de Juquitiba, na região metropolitana de São Paulo, no dia 26 de dezembro do mesmo ano. As informações são do Sintrajud (Sindicato dos Trabalhadores do Judiciário Federal no Estado de São Paulo).
A condenação por feminicídio ocorreu em outubro de 2021. Porém, o acusado foi absolvido pela Justiça da acusação de furto, pedida pelo Ministério Público, em razão de ter deixado o local do crime com um cartão de crédito, o celular e o carro da vítima.
A pena foi reduzida devido à confissão do crime. Leandro foi condenado à pena mínima de 12 anos a ser cumprida, inicialmente, em regime fechado, segundo a decisão do TJSP (Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo). O texto aponta que o homem não tinha antecedentes criminais até aquele momento.
Em caso de violência, denuncie
Ao presenciar um episódio de agressão contra mulheres, ligue para 190 e denuncie.
Casos de violência doméstica são, na maior parte das vezes, cometidos por parceiros ou ex-companheiros das mulheres, mas a Lei Maria da Penha também pode ser aplicada em agressões cometidas por familiares.
Também é possível realizar denúncias pelo número 180 — Central de Atendimento à Mulher — e do Disque 100, que apura violações aos direitos humanos.
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