Tarcísio ataca Lula e elenca petistas presos; Haddad rebate com Jefferson
Numa estratégia de nacionalizar a disputa pelo governo de São Paulo, o candidato ao governo de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos) atacou o PT e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante o terceiro bloco do debate da TV Globo com Fernando Haddad (PT), realizado na noite de hoje.
Tarcísio listou ex-ministros de Lula que foram presos na Operação Lava Jato, como José Dirceu e Antonio Palocci, e disse que "o próprio candidato a presidente foi preso". Para rebater o adversário, Haddad citou o ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB), preso no último fim de semana depois de atirar contra agentes da PF (Polícia Federal).
'Ideias velhas'. O ex-ministro da Infraestrutura disse que as ideias de Lula são velhas, que o PT "está preso há 40 anos na mesma" e comparou ex-ministros de Bolsonaro ao ex-auxiliares do petista. Tarcísio classificou seus ex-colegas de Esplanada que conseguiram se eleger ao Senado como "lideranças", enquanto atacou antigas lideranças petistas.
"A ministra da Agricultura Tereza Cristina virou senadora da República, Damares Alves, ministra de Direitos Humanos, senadora da República, Rogério Marinho, senador da República, são lideranças. E a gente vê um partido que está preso há 40 anos na mesma e quando a gente vai pegar quem fez parte, quem foram as lideranças nesses últimos anos, a gente vai ver lá José Dirceu, preso, [João] Vaccari, preso, [Antonio] Palocci, preso, o próprio candidato a presidência, preso. Essa é a diferença."
E continuou: "Essa é a diferença de uma linha, foi bem-sucedida, contra uma linha que foi mal-sucedida. Por isso que eu acredito, Haddad, na linha do progresso, na linha da prosperidade, na linha da livre iniciativa, na linha do trabalho. Na linha do capital privado. Na linha que vai gerar emprego e renda para as pessoas".
Haddad, porém, rebateu o adversário e citou Jefferson rapidamente, destacando que o debate seria para falar de propostas. No primeiro bloco, Tarcísio de Freitas já havia nacionalizado o debate ao defendeu Bolsonaro sobre temas referentes ao aumento real do salário mínimo e a manutenção do Auxílio Brasil no próximo ano.
"Vamos fazer um parênteses aqui, não quero falar disso porque a gente aqui para tratar de propostas, não para fazer esse tipo de coisa contra pessoas que não estão aqui para se defender, mas você também escolheu Roberto Jefferson, Valdemar da Costa Neto [presidente do PL], eu sei das suas escolhas."
Jefferson na mira. O ex-deputado foi preso no último domingo (23) depois de atirar contra dois agentes da Polícia Federal que tentavam cumprir uma ordem de prisão contra ele determinada pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes.
A decisão ocorreu depois de Jefferson xingar a ministra Cármen Lúcia, do STF, e a comparar com "prostitutas", "vagabundas" e "arrombadas" em uma publicação na internet. Ele estava proibido de usar as redes sociais, justamente por outra ordem de Moraes.
Desde o episódio, Bolsonaro e Tarcísio tem buscado se afastar do aliado — o ex-deputado é presidente de honra do PTB, partido que compõe a coligação do candidato na disputa pelo Palácio dos Bandeirantes.
Após o ataque, Bolsonaro mentiu ao tentar dissociar sua imagem da de Jefferson. Os dois se reaproximaram ainda em 2020, quando o presidente se coligou ao centrão no Congresso para se blindar do impeachment e cogitou se filiar novamente ao PTB para disputar a reeleição este ano.
Já Tarcísio, em uma agenda na segunda-feira (24), tratou Jefferson como uma "pessoa que está absolutamente descompensada".
Especial 'Lado a Lado' traz eleitores de Lula e Bolsonaro debatendo seus votos. O vídeo está disponível no Youtube de MOV.doc.
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