Debate em SP terá 'cartão vermelho' para candidato que desrespeitar regras

Candidatos não poderão mostrar acessórios, documentos ou outros objetos às câmeras ou para concorrentes. Em debates anteriores, Marçal vestiu um boné com a letra M e exibiu a Boulos uma carteira de trabalho como forma de provocação. O uso de aparelhos eletrônicos também está vetado.

Plateia também será mais restrita do que em debates anteriores. Outra mudança é o número de assessores com acesso ao palco autorizado pela organização, que será menor.

Organizadores preveem punições para quem descumprir as regras. Pelo combinado, quem infringir alguma das normas acertadas receberá uma advertência da jornalista Denise Campos de Toledo, que mediará o debate. Em caso de nova infração, o candidato será convidado a se retirar. Caso resista, os seguranças serão chamados.

Ajuste nas regras propostos por candidatos foram acolhidos pela organização. O UOL apurou que as normas mais rígidas e sanções mais claras para descumprimento foram aceitos por organizadores com objetivo de viabilizar o debate.

Rigor se justifica por histórico recente de problemas. O debate realizado em 14 de agosto foi alvo de críticas dos candidatos. Os participantes disseram não saber as regras e a plateia se manifestou em vários momentos — o que levou candidatos a faltar no debate organizado cinco dias depois.

Os organizadores do debate do dia 14 — Estadão, Faap e Terra —, afirmaram que não é verdadeira a informação que os candidatos desconheciam as regras. De acordo com os responsáveis pela evento, os representantes das campanhas participaram das reuniões e assinaram um termo concordando com as regras.

Não é verdadeira a informação de que as regras do debate Estadão/ Faap/ Terra, realizado dia 14 de agosto, eram desconhecidas pelos candidatos. Representantes das campanhas participaram de reuniões e assinaram um termo concordando com as regras. O debate foi bem-sucedido no que se propunha: dar o mesmo espaço aos principais candidatos para apresentarem suas ideias e debaterem temas importantes para São Paulo. Não houve prejuízo no tempo previsto para as falas e todos tiveram espaço igual de manifestação Estadão, Faap e Terra

Debate será 1º após início do horário na TV

Horário eleitoral começou na sexta (30) e vai até o dia 3 de outubro. Na estreia dos programas, Boulos reforçou o vínculo com o presidente Lula (PT), principal fiador de sua candidatura. Já Nunes apostou em uma fala de Tomas Covas, filho do ex-prefeito Bruno Covas, morto em 2021 e só mostrou de Jair Bolsonaro (PL), que apoia o prefeito, por quatro segundos.

Última pesquisa do Datafolha mostrou liderança embolada. Divulgado no último dia 22, o levantamento indicou Boulos (23%), Marçal (21%) e Nunes (19%) tecnicamente empatados no primeiro lugar, seguidos por Datena (10%) e Tabata (7%). A sondagem foi registrada na Justiça Eleitoral sob o número SP-08344/2024.

Outras duas pesquisas têm divulgação prevista para os próximos dias. Um levantamento realizado pela Real Time Big Data com 1.500 eleitores deve sair na terça (3) e outro, feito pela 100 Cidades com mil pessoas, deve ser tornado público na quinta (5).

Ato marcado por Bolsonaro para o 7 de Setembro também deve movimentar eleições. Em vídeo divulgado na última quarta (28), o ex-presidente autorizou a presença de qualquer candidato que quiser aparecer. A expectativa que tanto Nunes como Marçal compareçam — bolsonaristas têm mostrado preferência pelo ex-coach.

Próximo debate está marcado para dia 5, na Jovem Pan. Depois, no dia 15, está previsto outro debate organizado pela TV Cultura.