Funeral de chefe de inteligência da polícia acaba em protestos e violência em Beirute, no Líbano
Acabou em violência, neste domingo (21), em Beirute (Líbano), o funeral do chefe da inteligência da polícia libanesa, o general Wissam Hassan, morto na sexta-feira (19) após a explosão de um carro-bomba.
Milhares de pessoas se juntaram no centro de Beirute neste domingo para o funeral. A polícia fez disparos para o alto e atirou bombas de gás lacrimogêneo para impedir que manifestantes entrassem na sede do gabinete do primeiro-ministro Najib Mikati.
O ex-primeiro-ministro Saad Hariri acusou o ditador sírio, Bashar Assad, de estar por trás do ataque que matou Hassan. A oposição libanesa exige a renúncia do premiê, cujo governo inclui o grupo xiita Hizbollah, aliado da Síria.
O ataque de sexta-feira, durante a hora do rush, levantou temores de que a guerra na Síria respingue no Líbano, palco de uma guerra civil de 1975 a 1990. A instabilidade aumentou nos últimos meses no Líbano como consequência do contágio da crise na Síria, cenário de atentados e duros enfrentamentos entre partidários e detratores do regime.
Rebeldes acusam Síria e Hizbollah
Os rebeldes sírios acusaram, neste sábado (20), o regime de Damasco e o grupo xiita libanês Hizbollah de estarem por trás do atentado.
Em comunicado, o Exército Livre Sírio (ELS) condenou o atentado, e pediu aos libaneses que "frustrem os planos" do ditador sírio, Bashar Assad, e do líder do Hizbollah, Hassan Nasrallah.
Segundo os rebeldes, o ataque de sexta é "um episódio da série de atos terroristas produzidos por Assad e seus aliados" no Líbano, em alusão ao Hizbollah.
Premiê libanês ofereceu renúncia
O primeiro-ministro libanês, Najib Mikati, disse neste sábado (20) que ofereceu sua renúncia ao presidente Michel Suleiman, e disse considerar necessária a formação de um governo de união nacional perante a crise política aberta após o ataque da véspera.
"Não estou preso ao posto e suspendi todas as decisões à espera das consultas do presidente", declarou Mikati.
(Com informações das agências de notícias)
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