G8 condena avanço nuclear na Coreia do Norte "nos mais fortes termos"
Os ministros de Relações Exteriores do G8 (grupo dos sete países mais desenvolvidos e industrializados e a Rússia) condenaram nesta quinta-feira (11) "nos mais fortes termos possíveis" o desenvolvimento nuclear na Coreia do Norte e pediram ao regime comunista que pare com suas provocações.
Os ministros de Reino Unido, Estados Unidos, França, Alemanha, Itália, Canadá, Japão e Rússia concluíram com uma declaração a reunião de dois dias que realizaram em Londres, na qual também abordaram a crise na Síria e a violência sexual em zonas de conflito.
"Os ministros das Relações Exteriores do G8 condenam, nos termos mais enérgicos, o contínuo desenvolvimento do programa de armas nucleares e de mísseis balísticos na Coreia do Norte, incluindo seu programa de enriquecimento de urânio", disse comunicado em que também se referiram a outros assuntos conflituosos, como o programa nuclear do Irã.
O G8 condenou a "retórica agressiva" do regime de Pyongyang e ameaçou com novas sanções em caso de lançamento de mísseis.
"Isso só servirá para isolar ainda mais a Coreia do Norte", disse o G8, que insistiu em seu objetivo de conseguir uma península coreana com "paz duradoura e uma desnuclearização verificável".
Crise na Síria
Na declaração, o grupo se disse "profundamente preocupado" com o elevado número de mortos na Síria. "Expressamos nossa profunda preocupação com a crescente tragédia humana do conflito da Síria", diz o texto, no qual os ministros se confessam "perplexos pela morte de mais de 70 mil pessoas" desde o início do conflito, há mais de dois anos.
"Estamos horrorizados com fato de que mais de 70.000 pessoas morreram no conflito e que haja agora mais de um milhão de refugiados sírios", afirmaram, insistindo que todos os países devem aumentar suas contribuições solicitadas pela ONU.
Os ministros pediram à comunidade internacional que amplie sua ajuda ao povo sírio.
Quanto ao Irã, eles afirmaram que assistem com "profunda preocupação" ao desenvolvimento do programa nuclear e de mísseis balísticos desse país, em clara violação às resoluções da ONU.
Mais cedo, foi emitida uma declaração a favor de combater a violência sexual nas zonas de conflito, um acordo que o ministro britânico de Relações Exteriores, William Hague, qualificou como "histórico". (Com agências internacionais)
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