Topo

G8 condena avanço nuclear na Coreia do Norte "nos mais fortes termos"

 Militares norte-coreanos observam área às margens do rio Yalu, na cidade norte-coreana de Sinuiju, em frente à cidade fronteiriça chinesa de Dandong - AP
Militares norte-coreanos observam área às margens do rio Yalu, na cidade norte-coreana de Sinuiju, em frente à cidade fronteiriça chinesa de Dandong Imagem: AP

Do UOL, em São Paulo

11/04/2013 12h31

Os ministros de Relações Exteriores do G8 (grupo dos sete países mais desenvolvidos e industrializados e a Rússia) condenaram nesta quinta-feira (11) "nos mais fortes termos possíveis" o desenvolvimento nuclear na Coreia do Norte e pediram ao regime comunista que pare com suas provocações.

Saiba mais

  • A Coreia do Norte se tornou foco do noticiário internacional nas últimas semanas com seus alertas de uma suposta guerra nuclear iminente.

    Clique na imagem e entenda como países devem reagir a eventual ataque de Pyongyang

Os ministros de Reino Unido, Estados Unidos, França, Alemanha, Itália, Canadá, Japão e Rússia concluíram com uma declaração a reunião de dois dias que realizaram em Londres, na qual também abordaram a crise na Síria e a violência sexual em zonas de conflito.

"Os ministros das Relações Exteriores do G8 condenam, nos termos mais enérgicos, o contínuo desenvolvimento do programa de armas nucleares e de mísseis balísticos na Coreia do Norte, incluindo seu programa de enriquecimento de urânio", disse comunicado em que também se referiram a outros assuntos conflituosos, como o programa nuclear do Irã.

O G8 condenou a "retórica agressiva" do regime de Pyongyang e ameaçou com novas sanções em caso de lançamento de mísseis.

"Isso só servirá para isolar ainda mais a Coreia do Norte", disse o G8, que insistiu em seu objetivo de conseguir uma península coreana com "paz duradoura e uma desnuclearização verificável".

Crise na Síria

Na declaração, o grupo se disse "profundamente preocupado" com o elevado número de mortos na Síria. "Expressamos nossa profunda preocupação com a crescente tragédia humana do conflito da Síria", diz o texto, no qual os ministros se confessam "perplexos pela morte de mais de 70 mil pessoas" desde o início do conflito, há mais de dois anos.

Número de ogivas por país

  • Estima-se que existam mais de 17 mil ogivas nucleares no mundo, de acordo com a Federação de Cientistas Americanos. Do total, cerca de 4.300 são consideradas operacionais.

    Clique na imagem para saber mais

"Estamos horrorizados com fato de que mais de 70.000 pessoas morreram no conflito e que haja agora mais de um milhão de refugiados sírios", afirmaram, insistindo que todos os países devem aumentar suas contribuições solicitadas pela ONU.

Os ministros pediram à comunidade internacional que amplie sua ajuda ao povo sírio.

Quanto ao Irã, eles afirmaram que assistem com "profunda preocupação" ao desenvolvimento do programa nuclear e de mísseis balísticos desse país, em clara violação às resoluções da ONU.

Mais cedo, foi emitida uma declaração a favor de combater a violência sexual nas zonas de conflito, um acordo que o ministro britânico de Relações Exteriores, William Hague, qualificou como "histórico". (Com agências internacionais)