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Após atentado, EUA aumentam vigilância sobre alunos estrangeiros

Do UOL, em São Paulo

03/05/2013 15h53

O Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos ordenou que os agentes de fronteira se certifiquem que todos os estudantes internacionais que entrarem no país tenham o visto validado. O memorando interno com a medida de "efeito imediato" foi obtido pela agência de notícias "Associated Press", nesta sexta-feira (3).

Esta é a primeira alteração de segurança do governo diretamente relacionada com os atentados de Boston, que matou três pessoas e deixou mais de 260 feridos no último dia 15 de abril.

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O aumento da vigilância foi determinado por um oficial sênior da Alfândega dos EUA, David J. Murphy, na última quinta-feira (2), um dia após da notícia de que um estudante do Cazaquistão --acusado de ocultar provas de um dos suspeitos do atentado-- foi autorizado a regressar para os EUA em janeiro sem um visto de estudante válido.

O visto de Azamat Tazhayakov, 19, tinha terminado quando chegou em Nova York, em 20 de janeiro. Mas, o agente de fronteira do aeroporto, que não tinha acesso à informação, acabou liberando a entrada do estudante.

Tazhayakov e um segundo estudante cazaque foram presos esta semana por acusações federais de obstrução da justiça. Eles foram acusados de jogar fora uma mochila e um laptop de Dzhokhar Tsarnaev --suposto coautor do atentado. Um terceiro estudante americano,  Robel Phillipos, 19, também foi preso e acusado de mentir para as autoridades.

Segundo a promotoria, Tazhayakov e Kadyrbayev podem pegar penas máximas de cinco anos de prisão e pagamento de multa de US$ 250 mil. Phillipos pode ser sentenciado a oito anos de prisão e a pagamento de multa no mesmo valor dos outros dois estudantes.

Atentados

No dia 15 de abril, duas bombas foram detonadas perto da linha de chegada da Maratona de Boston. Três dias depois, os irmãos Tamerlan Tsarnaev, 26, e Dzhokhar Tsarnaev, 19, de origem tchetchena, foram identificados como suspeitos a partir de imagens gravadas por câmeras de segurança. No dia 18, o mais velho foi morto pela polícia e, no dia seguinte, o mais novo foi preso

Dzhokhar está detido e se recupera em um hospital penitenciário federal. Ele foi acusado formalmente de crimes que poderão ser punidos com pena de morte. O corpo de Tamerlan ainda não foi reivindicado. “Ainda não fomos procurados pela família”, disse Terrel Harris, porta-voz do examinador médico chefe do Estado. (Com AP)