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Número de mortos sobe para 68 após grande explosão dentro do shopping no Quênia

Do UOL, em São Paulo

22/09/2013 13h51Atualizada em 22/09/2013 17h02

Uma grande explosão foi ouvida neste domingo (22) dentro do shopping Westgate, em Nairóbi, no Quênia, onde aproximadamente 10 militantes do grupo Al-Shabab mantêm 30 pessoas reféns há mais de 30 horas. Por volta de 15h (horário de Brasília), a Cruz Vermelha divulgou que mais nove corpos foram encontrados no local, totalizando 68 mortos até o momento.

VEJA A LOCALIZAÇÃO DE NAIRÓBI

Algumas horas antes, o presidente queniano, Uhuru Kennyata, tinha confirmado 59 pessoas mortas na ação, e um aumento no número de vítimas já era esperado. O shopping center estava cheio quando o ataque teve início, ontem, por volta de meio-dia (6h no horário de Brasília).

Kenyatta afirmou que “entre dez e 15 terroristas, homens e mulheres, ainda estão no local”. O número de feridos é estimado em 175.

"Tememos que o número de mortos seja muito maior que o que temos, a julgar pelos corpos que vimos dentro do centro comercial", disse uma autoridade policial.  

Forças especiais de Israel participam da operação para libertar os reféns, de acordo com agências de notícias, e a explosão foi ouvida depois que o grupo entrou no prédio, segundo relatos. A BBC divulgou que um caminhão com a caçamba coberta de lençóis deixou o local.

Tropas do Exército que entraram no centro comercial na tarde de hoje carregavam ao menos dois lança-granadas, e helicópteros davam apoio.

Um hospital de campanha foi montado em um centro religioso nas proximidades e continua atendendo as ambulâncias que prestam serviço de socorro.

Grupo islâmico com base na Somália assume autoria de ataque

O grupo islâmico Al-Shabab assumiu ontem a autoria do ataque, referindo-se à ação como revide à presença militar queniana em seu país. A rede de TV CNN divulgou que fazem parte do grupo terrorista pessoas da Finlândia, Somália, Canadá, Reino Unido, EUA e Quênia.

Saiba mais sobre o grupo islâmico Al-Shabab

  • Grupo responsável pelo ataque ao shopping chegou a controlar boa parte da Somália

Um dos atiradores teria sido ferido e preso e morreu posteriormente por conta de seus ferimentos, segundo afirmaram autoridades locais à BBC. Outros quatro atiradores teriam sido detidos.

Entre as vítimas do ataque estão cidadãos norte-americanos, britânicos, franceses e de países asiáticos, uma vez que o Westgate Mall é bastante frequentando por turistas, estrangeiros que trabalham no país e quenianos de alto poder aquisitivo. As autoridades ainda não divulgaram uma lista completa com os nomes das vítimas.

A França divulgou que as duas vítimas de nacionalidade francesa confirmadas eram mãe e filha e foram mortas no estacionamento do centro comercial.

“Duas de nossas compatriotas foram covardemente atacadas, executadas no estacionamento do shopping quando chegavam para fazer compras”, disse Hélène Conway-Mouret, ministra encarregada de cidadãos franceses no exterior. 

Atiradores usaram granadas e fuzis

O grupo entrou no shopping center por volta de meio-dia (6h em Brasília) de sábado (21), atirando granadas e disparando com fuzis automáticos. Centenas de frequentadores do shopping conseguiram fugir do local; outros vários se esconderam dentro do shopping, onde puderam: cinema, supermercado, lojas.

O ataque é o maior no Quênia desde que uma célula da Al Qaeda no leste da África bombardeou a embaixada dos Estados Unidos em Nairóbi em 1998, matando mais de 200 pessoas. Em 2002, a mesma célula militante atacou um hotel israelense e tentou derrubar jatos israelenses em um ataque coordenado. (Com agências internacionais)