Novos tiros são disparados no shopping tomado por milicianos no Quênia
Novos tiros foram disparados nesta segunda-feira (23) no shopping atacado por membros da milícia radical islâmica Al Shabab em Nairóbi, quando começa a amanhecer na capital do Quênia, após uma noite em aparente calma.
Segundo relatos das agências Efe e Reuters, os disparos começaram por volta das 6h15 (horário local, 0h15 em Brasília) nos arredores do prédio. O número de mortos devido ao ataque, que já dura mais de 40 horas, é estimado em 68 e o de feridos, em 175.
A troca de tiros se prolongou durante 15 minutos, procedentes aparentemente tanto do interior como do exterior do prédio.
Um grupo de soldados armados se dirigiu correndo em direção ao shopping Westgate a partir do centro onde se instalou um dos postos de atendimento a feridos e à imprensa, situado a cem metros do centro comercial.
VEJA A LOCALIZAÇÃO DE NAIRÓBI
A maior parte dos reféns foi libertada
A maior parte das 30 pessoas mantidas reféns por cerca de 36 horas no shopping center Westgate foi libertada neste domingo, de acordo com informações divulgadas pelas forças de segurança do país.
A mensagem afirma que a maior parte do centro comercial foi tomada pelos agentes de segurança.
A rede de TV CNN divulgou que não mais do que dez pessoas ainda estariam em poder dos atiradores, que estariam "encurralados" em um ponto do prédio.
A emissora chegou a informar, sem dar mais detalhes, que o governo dos Estados Unidos investiga o envolvimento de cidadãos norte-americanos com origem somali no ataque, e divulgou que há, no grupo de atiradores, pessoas da Finlândia, Reino Unido, EUA, Canadá, Quênia e Somália.
Grupo islâmico com base na Somália assume autoria de ataque
O grupo islâmico Al-Shabab assumiu no sábado a autoria do ataque, referindo-se à ação como revide à presença militar queniana em seu país. A rede de TV CNN divulgou que fazem parte do grupo terrorista pessoas da Finlândia, Somália, Canadá, Reino Unido, EUA e Quênia.
Um dos atiradores teria sido ferido e preso e morreu posteriormente por conta de seus ferimentos, segundo afirmaram autoridades locais à BBC. Outros quatro atiradores teriam sido detidos.
Entre as vítimas do ataque estão cidadãos norte-americanos, britânicos, franceses e de países asiáticos, uma vez que o Westgate Mall é bastante frequentando por turistas, estrangeiros que trabalham no país e quenianos de alto poder aquisitivo. As autoridades ainda não divulgaram uma lista completa com os nomes das vítimas.
A França divulgou que as duas vítimas de nacionalidade francesa confirmadas eram mãe e filha e foram mortas no estacionamento do centro comercial.
"Duas de nossas compatriotas foram covardemente atacadas, executadas no estacionamento do shopping quando chegavam para fazer compras", disse Hélène Conway-Mouret, ministra encarregada de cidadãos franceses no exterior.
Atiradores usaram granadas e fuzis
O grupo entrou no shopping center por volta de meio-dia (6h em Brasília) de sábado, atirando granadas e disparando com fuzis automáticos. Centenas de frequentadores do shopping conseguiram fugir do local; outros vários se esconderam dentro do shopping, onde puderam: cinema, supermercado, lojas.
O ataque é o maior no Quênia desde que uma célula da Al Qaeda no leste da África bombardeou a embaixada dos Estados Unidos em Nairóbi em 1998, matando mais de 200 pessoas. Em 2002, a mesma célula militante atacou um hotel israelense e tentou derrubar jatos israelenses em um ataque coordenado. (Com agências internacionais)
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