Obama oferece assistência ao Quênia após ataque em shopping
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse nesta segunda-feira (23) que seu país está fornecendo toda a assistência possível para o Quênia após os ataques do shopping Westgate, em Nairóbi, que deixou ao menos 62 pessoas mortas.
Obama, que não especificou o tipo de auxílio oferecido ao governo queniano, chamou de "terrível tragédia" o ataque ao centro comercial queniano. "Quero expressar pessoalmente minhas condolências ao presidente [Uhuru] Kenyatta, que perdeu membros de sua família, e também a todos os quenianos. Somos solidários a eles", acrescentou o presidente norte-americano.
"Vamos dar todo o apoio policial necessário", disse Obama, cujo pai era queniano. O presidente disse estar convencido de que o Quênia, "um pilar de estabilidade na África", vai superar este desafio. "Mas acredito que [o ataque] demonstra o quanto a comunidade internacional deve enfrentar a violência sem sentido que esses grupos representam", concluiu ele.
O ataque
O grupo islâmico Al-Shabab assumiu a autoria da ação e disse ser um revide à presença militar queniana em seu país.
O grupo entrou no shopping center por volta de meio-dia (6h em Brasília) de sábado (21), atirando granadas e disparando com fuzis automáticos. Centenas de frequentadores do centro comercial conseguiram fugir do local; outros vários se esconderam onde puderam: cinema, supermercado, lojas.
O ataque é o maior no Quênia desde que uma célula da Al Qaeda no leste da África bombardeou a embaixada dos Estados Unidos em Nairóbi em 1998, matando mais de 200 pessoas. Em 2002, a mesma célula militante atacou um hotel israelense e tentou derrubar jatos israelenses em um ataque coordenado.
Entre as vítimas do ataque estão cidadãos norte-americanos, britânicos, franceses e de países asiáticos, uma vez que o Westgate Mall é bastante frequentando por turistas, estrangeiros que trabalham no país e quenianos de alto poder aquisitivo. As autoridades ainda não divulgaram uma lista completa com os nomes das vítimas.
A França divulgou que as duas vítimas de nacionalidade francesa confirmadas eram mãe e filha e foram mortas no estacionamento do centro comercial.
"Duas de nossas compatriotas foram covardemente atacadas, executadas no estacionamento do shopping quando chegavam para fazer compras", disse Hélène Conway-Mouret, ministra encarregada de cidadãos franceses no exterior.
Controle do shopping
O ministro do Interior queniano, Joseph Ole Lenku, afirmou na sua conta no microblog Twitter, nesta segunda-feira (23), que "nossas forças têm o controle de todos os andares do shopping", atacado por militantes islâmicos do grupo Al-Shabab. A informação contradiz relatos de testemunhas, que dizem ouvir 'explosões e troca de tiros no local'.
"Acreditamos que a operação está a ponto de acabar", disse Lenku. Hoje pela manhã ele informou que três terroristas foram mortos dentro do centro comercial --o presidente Uhuru Kennyata disse, no domingo, que "entre 10 e 15 militantes" estavam no shopping. (*Com informações de agências internacionais.)
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