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Interpol emite ordem de prisão para a 'viúva branca' após atentado no Quênia

Do UOL, em São Paulo

26/09/2013 11h40

A Interpol emitiu nesta quinta-feira (26), um alerta vermelho --que equivale a um mandado de prisão-- para Samantha Lewthwaite, cidadã britânica conhecida como ‘viúva branca’. O pedido foi feito à organização pelo governo do Quênia.

  • Samantha é viúva do terrorista responsável pelos ataques a Londres, em 2005

Após os ataques de sábado (21) ao shopping Westgate, em Nairóbi, no Quênia, diversas autoridades ventilaram a possibilidade de Samantha estar entre os terroristas do grupo islâmico Al-Shabab, que assumiu a autoria da ação que deixou 72 mortos até o momento --entre eles cinco militantes.

O alerta da Interpol, no entanto, foi pedido pela suposta participação de Samantha em atividades terroristas no Quênia em 2011.

"Agora os membros de 190 países membros da Interpol estão cientes que a suspeita representa um perigo, não apenas na região [África], mas no mundo todo", afirmou o secretário geral da organização, o general Ronald Noble.

A 'viúva branca'

Samantha, que é viúva de Jermaine Lindsay, um dos autores dos ataques contra a rede de transportes de Londres em 2005, entrou no Quênia usando um passaporte falso da África do Sul, segundo a polícia queniana.

Lewthwaite, oriunda da cidade de Aylesbury, nos arredores de Londres, teria relação com células terroristas. Ela foi apelidada pela imprensa de 'viúva branca', e segundo a polícia ela teria fugido do Quênia à Somália em 2012.

Filha de um soldado britânico, Lewthwaite se disse horrorizada quando seu marido, nascido na Jamaica, detonou a mochila cheia de explosivos que carregava e matou 26 pessoas em um vagão do metrô de Londres no dia 7 de julho de 2005. Naquele momento estava grávida de seu segundo filho.

"Condeno totalmente e estou horrorizada pelas atrocidades ocorridas em Londres", afirmou, descrevendo seu marido como "um marido bom e carinhoso, que não deu nenhum sinal de ir cometer este crime atroz".

O jornal de Nairóbi Daily Nation citou especialistas de segurança para afirmar que os islamitas da costa queniana a chamam de "Dada Muzungu" - "irmã branca" em suaíli - e que conseguiu escapar de uma operação policial em Mombaça em janeiro de 2012. (Com agências internacionais)