Terrorismo começa e termina o ano atacando a França
O ano de 2015 deixou a marca do terror em Paris. Em janeiro, terroristas invadiram a redação da revista satírica “Charlie Hebdo” e mataram 12 pessoas. Em novembro, atentados atribuídos ao Estado Islâmico provocaram pânico e horror na capital francesa e levaram a uma intensificação de ataques internacionais ao território controlado pelo grupo na Síria.
O Estado Islâmico também assumiu atentados cometidos em países como a Tunísia e teria vínculos com os responsáveis pela bomba que explodiu, em outubro, um avião russo, com 224 pessoas a bordo, no Egito.
A Turquia também sofreu com o terror e viu o atentado mais grave de sua história acontecer durante uma passeata pela paz.
Na África, o Boko Haram, grupo mais mortífero do mundo, lançou diversos ataques e provocou atentados que mataram centenas de pessoas na Nigéria, seu país de origem, no Chade e em Camarões.
Confira abaixo uma lista com alguns dos mais graves atentados de 2015 no mundo.
Irmãos matam chargistas que fizeram piada com Maomé
Logo em 7 de janeiro, o terrorismo chocou o mundo. Dois irmãos franceses de origem argelina invadiram a redação da revista satírica "Charlie Hebdo", em Paris, e mataram 12 pessoas, incluindo o diretor do veículo e quatro chargistas. A ação foi uma vingança contra a publicação de charges que faziam piada com Maomé, o principal profeta do Islamismo. Os irmãos foram mortos dois dias depois em um cerco policial. Outras duas ações terroristas deixaram cinco pessoas mortas na capital da França no mesmo período. Grandes manifestações populares repudiaram os atentados.
Massacre na Nigéria
O Boko Haram começou 2015 realizando ataques na Nigéria. O Exército do país disse que 150 pessoas morreram em um massacre na cidade de Baga na primeira quinzena de janeiro, depois de relatos de que até 2.000 pessoas teriam sido mortas.
Atentado em mesquita no Paquistão
Em 13 de fevereiro, o Taleban matou 20 pessoas e feriu outras 45 em uma mesquita de Peshawar, no noroeste do Paquistão. O ataque perpetrado por três suicidas aconteceu durante a oração semanal dos muçulmanos e teria sido uma vingança contra a condenação à morte de um líder do grupo.
Boko Haram ataca em Camarões
Pelo menos 90 pessoas morreram e mais de 500 ficaram feridas em ataques do grupo Boko Haram na cidade camaronesa de Fotokol, na fronteira com a Nigéria, no começo de fevereiro. Os atentados seriam uma retaliação à retomada da cidade de Gamboru, do outro lado da fronteira, por militares nigerianos e do Chade.
Ataques em série na Nigéria
O Boko Haram voltou a provocar ataques mortíferos entre o fim de fevereiro e o começo de março. Explosões atribuídas ao grupo em dois mercados e uma rodoviária deixaram ao menos 58 mortos e 139 feridos no dia 7 de março. Dois dias antes, o grupo havia matado 68 pessoas em uma aldeia. Em 21 fevereiro, 60 pessoas morreram em atentados cometidos nos Estados de Borno e Adamawa.
Turistas são mortos em museu na Tunísia
Homens armados mataram 23 pessoas no Museu do Bardo, no Parlamento da Tunísia, em 18 de março. O Estado Islâmico assumiu a autoria do atentado. Vinte dos mortos eram turistas estrangeiros, sendo que nove eram passageiros de um cruzeiro.
Triplo atentado em mesquitas mata 126 no Iêmen
Centro e vinte e seis pessoas morreram em atentados suicidas cometidos em três mesquitas no Iêmen em 20 de março. Três homens-bomba provocaram os ataques. Mais de 200 pessoas ficaram feridas. O grupo Estado Islâmico assumiu a autoria dos atentados.
Massacre em universidade no Quênia
Pelo menos 70 pessoas morreram em um ataque realizado no dia 2 de abril na Universidade de Garissa, no leste do Quênia. Quatro integrantes da milícia somali Al Shabab, ligada à Al Qaeda, invadiram o local, fizeram reféns e atiraram nas vítimas. A ação terrorista teria sido uma vingança contra a intervenção de tropas do Quênia na Somália.
Estado Islâmico ataca em praia na Tunísia e no Kuait
Em 26 de junho, ataques reivindicados pelo Estado Islâmico provocaram dezenas de mortes na Tunísia e no Kuait. Homens armados com fuzis invadiram dois hotéis de luxo no balneário de Susa, na Tunísia, e dispararam contra turistas na praia. Trinta e oito pessoas morreram. Um atentado em uma mesquita no Kuait deixou 27 mortos e mais de 200 feridos. No mesmo dia, também houve ações terroristas em Lyon, na França.
Boko Haram mata mais de 200 em julho
Outra sucessão de ataques do Boko Haram matou cerca de 200 pessoas entre os dias 2 e 3 de julho na Nigéria. Meninas-bomba participaram dos atentados. Só na aldeia de Kukawa foram 97 vítimas. No dia 6, atentados na cidade de Jos deixaram 44 mortos em uma região comercial e em uma mesquita.
Caminhão-bomba mata 115 no Iraque
A explosão de um caminhão-bomba em um mercado lotado deixou ao menos 115 mortos e 170 feridos em Khan Beni Saad, perto de Bagdá, capital do Iraque, no dia 17 de julho. Dezenas de lojas e veículos ficaram destruídas. O Estado Islâmico reivindicou a autoria do atentado.
Bomba explode em área turística na capital da Tailândia
A explosão de uma bomba no centro comercial de Bancoc, capital da Tailândia, matou 19 pessoas e feriu mais de 120 em 17 de agosto. O ataque aconteceu em uma zona turística, perto de um templo e de um hotel de luxo. Três estrangeiros morreram.
Atentado em passeata pela paz é o maior da história da Turquia
Duas bombas lançadas durante uma passeata pela paz em Ancara, em 10 de outubro, provocaram 128 mortes no maior ataque terrorista da história da Turquia. A marcha na capital turca fora convocada por grupos de esquerda e sindicatos e contava com militantes de partidos que apoiam os curdos. Dois suicidas teriam praticado o atentado.
Boko Haram ataca dois países da África
Atentados do Boko Haram deixaram cerca de duzentos mortos em dois países da África entre setembro e outubro. Em 21 de setembro, explosões na cidade nigeriana de Maiduguri, local de origem do grupo, mataram 85 pessoas. Em 10 de outubro, os terroristas ultrapassaram as fronteiras da Nigéria e mataram 37 no vizinho Chade. Seis dias depois, Maiduguri voltou a sofrer ataques, e 34 pessoas morreram. Em 23 de outubro, ataques a bomba levaram 37 pessoas à morte nas cidades de Yola e, novamente, Maiduguri.
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