Povo americano sempre foi inspirador para mim, diz Bolsonaro em Washington
Em palestra a um público formado majoritariamente por investidores e empresários norte-americanos, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) afirmou hoje que o povo americano sempre foi inspiração para ele.
"Como disse há pouco, o povo americano, os Estados Unidos, sempre foi inspiração para mim em grande parte das decisões que tomei. [Com] essa vinda aqui hoje, e amanhã com o Trump, tenho toda certeza, estaremos materializando o que nós queremos", declarou.
Só podemos acreditar no Brasil de fato se tivermos bons amigos e bons parceiros, e aqui hoje temos um pela frente
Presidente Jair Bolsonaro
O evento "Brazil Day in Washington" na Câmara de Comércio dos Estados Unidos, localizada do outro lado da praça em frente à Casa Branca, foi patrocinado por empresas privadas multinacionais, como a Boeing, que adquirirá 80% da aviação comercial da Embraer.
Bolsonaro chegou aos Estados Unidos no domingo, para uma visita de três dias ao país. Amanhã, ele vai se encontrar com o presidente Donald Trump, na Casa Branca.
Deus e parceria com EUA
O discurso de Bolsonaro demorou cerca de 10 minutos e foi feito de improviso, sem leitura de roteiro. Foi a primeira fala em público desde que ele chegou ontem à tarde aos Estados Unidos.
Em seu discurso, o presidente afirmou que os povos brasileiro e americano são parecidos nos valores conservadores e tementes a Deus.
Em grande parte de sua fala, Bolsonaro fez elogios aos norte-americanos e reforçou o interesse de seu governo em fazer parcerias comerciais com o país.
"Queremos um Brasil grande assim como o Trump, e vocês com toda a certeza, querem uma América grande", disse o presidente.
Críticas à esquerda
Outro foco da fala do presidente foi em criticar os governos petistas e dizer que, agora, os direcionamentos da política e economia do Brasil serão orientados para a abertura de mercado e amizade com os Estados Unidos.
Para Bolsonaro, o povo não aguentava mais o crescimento da esquerda no país e o exemplo da Venezuela.
"O povo cansou-se da velha política, cansou-se daquela política do toma lá, dá cá, das negociações. E do péssimo exemplo do governo do PT materializado nas pessoas de Lula e Dilma Rousseff. Convenhamos que, antes de tudo, eram anti-americanos. Nas últimas décadas era tradição no Brasil [...] eleger presidentes de mãos dadas com a corrupção e inimigo dos Estados Unidos", falou.
O presidente disse contar com o apoio dos EUA para "libertar" o povo venezuelano. O Brasil e os EUA já reconheceram o autoproclamado presidente Juan Guaidó como interino do país, que é comandado pelo ditador Nicolás Maduro.
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