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Rússia x Ucrânia: 10 frases das autoridades pelo mundo

Montagem com as fotos (da esq. para dir.) de Putin, Biden, Bolsonaro, Zelensky (em cima), Macron, Johnson, Dmytro Kuleba e Hua Chunying (embaixo)  - Reprodução
Montagem com as fotos (da esq. para dir.) de Putin, Biden, Bolsonaro, Zelensky (em cima), Macron, Johnson, Dmytro Kuleba e Hua Chunying (embaixo) Imagem: Reprodução

Do UOL, em São Paulo

24/02/2022 19h10Atualizada em 24/02/2022 20h52

Diferentes autoridades têm se manifestado após o presidente russo, Vladimir Putin, decidir "conduzir uma operação militar especial". Após sua declaração, os ataques da Rússia começaram contra Ucrânia.

Os russos invadiram a Ucrânia enviando mísseis, soldados transportados por helicópteros, unidades navais que chegaram pelo Mar Negro e veículos militares cruzando a Crimeia, região tomada pela Rússia em 2014.

Mapa Ucrania - Arte/ UOL - Arte/ UOL
Imagem: Arte/ UOL

Autoridades ucranianas afirmaram que ao menos 57 pessoas, entre civis e militares, morreram com os ataques russos. Hospitais e casas foram atingidos.

Confira abaixo dez frases de autoridades a respeito dos conflitos entre Rússia e Ucrânia:

Vladimir Putin: "Nossa análise concluiu que nosso confronto com essas forças [ucranianas] é inevitável"

Antes de as tropas russas avançarem pelas cidades ucranianas, Putin fez um pronunciamento em rede nacional. Durante sua fala, ele afirmou ter decidido conduzir o que chamou de "operação militar especial".

"Algumas palavras para aqueles que seriam tentados a intervir: a Rússia responderá imediatamente e você terá consequências que nunca teve antes em sua história", completou o presidente russo.

Logo após o pronunciamento, repórteres da rede americana CNN disseram ter ouvido explosões em Kiev, capital da Ucrânia, e em Kharkiv, a segunda maior cidade do país.

Joe Biden: 'Putin é o agressor, ele escolheu a guerra'

Já o presidente dos EUA, Joe Biden, disse que Putin é o "agressor" e que ele escolheu o caminho da guerra. As declarações foram feitas durante pronunciamento hoje após os ataques russos na Ucrânia. "Agora seu país vai pagar as consequências. Será muito caro economicamente, estrategicamente e se tornará um pária internacional", disse.

Biden também anunciou cinco novas medidas como sanção contra Rússia. Entre as medidas, que foram acordadas com o G7, o presidente dos EUA disse que irá bloquear as as empresas estatais russas dos mercados de dívidas e congelas ativos da Rússia nos EUA.

O G7 é formado pelas sete das maiores potências econômicas do mundo: reúne líderes de Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Reino Unido e Estados Unidos.

Jair Bolsonaro: 'Estou empenhado em proteger e auxiliar os brasileiros que estão na Ucrânia'

O presidente Jair Bolsonaro (PL) usou as redes sociais para falar que está "totalmente empenhado" em proteger os brasileiros que estão na Ucrânia. O chefe do Executivo não comentou outras informações sobre o conflito, nem se posicionou a respeito.

"Nossa Embaixada em Kiev permanece aberta e pronta a auxiliar os cerca de 500 cidadãos brasileiros que vivem na Ucrânia e todos os demais que estejam por lá temporariamente", escreveu.

Por outro lado, o secretário de Comunicação e Cultura do Itamaraty, Leonardo Gorgulho, disse que a embaixada brasileira, nem de qualquer outro país, "não tem condições de fazer operações de resgate".

Boris Johnson: 'Vamos travar a economia da Rússia'

O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, também foi na mesma esteira dos EUA e disse que a Rússia seria prejudicada com sanções impostas por outros países.

"Hoje, em conjunto com nossos aliados, vamos chegar a um acordo para um pacote maciço de sanções econômicas projetadas a tempo de travar a economia russa", afirmou Johnson.

Nas redes sociais, o primeiro-ministro disse que "não desviará o olhar da Ucrânia".

Emmanuel Macron: 'Putin não só atacou a Ucrânia, mas decidiu violar a paz'

Depois de passar semanas tentando encontrar uma saída diplomática com Putin sobre os conflitos na Ucrânia, o presidente francês, Emmanuel Macron, fez um pronunciamento em rede nacional contra os ataques russos.

"Ao escolher a guerra, o presidente Putin não só atacou a Ucrânia, como decidiu violar a paz e a estabilidade (alcançadas) há décadas na Europa", disse Macron em tom sóbrio.

Como outras autoridades, o presidente francês prometeu sanções contra a Rússia. "As sanções serão à altura da agressão", disse.

Volodymyr Zelensky: 'Como eu poderia ser nazista?'

Após o porta-voz da presidência russa, Dmitry Peskov, dizer que Moscou pretende impor um "status neutro" à Ucrânia e a eliminação dos "nazistas" que, segundo ele, estão no país, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, criticou as acusações.

"Como eu poderia ser nazista? Diga isso a meu avô, que passou a guerra inteira na infantaria do exército soviético e morreu como coronel na Ucrânia independente", disse o presidente ucraniano, que vem de uma família de judeus.

A conta oficial da Ucrânia no Twitter chegou a publicar uma caricatura do líder nazista Adolf Hitler passando a mão no rosto do presidente russo, Vladimir Putin. A publicação foi feita horas após Putin dar início ao taque contra a Ucrânia.

Dmytro Kuleba: 'É preciso proibir a Rússia no Swift'

Além das sanções já anunciadas, o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, usou as redes sociais para pedir que a Rússia seja banida do Swift (Sociedade de Telecomunicações Financeiras Interbancárias Mundiais, em inglês).

"Não serei diplomático quanto a isso", diz Kuleba. Ele afirma que aqueles que têm dúvidas sobre banir a Rússia do grupo também terão o "sangue de homens, mulheres, crianças ucranianas inocentes em suas mãos" também. "[É preciso] proibir a Rússia no Swift", afirmou o ministro.

O pedido até o momento não havia sido atendido pelos EUA.

Zelensky: 'Caiu uma nova cortina de ferro que separa a Rússia do mundo civilizado'

Em vídeo gravado, o presidente da Ucrânia disse que "caiu uma nova cortina de ferro que separa a Rússia do mundo civilizado". Zelensky também afirmou que os países europeus podem ser os próximos alvos de Moscou.

O conceito "cortina de ferro" foi utilizado pela primeira vez no mundo após a segunda guerra mundial, quando o então primeiro-ministro do Reino Unido Winston Churchill fez um discurso a respeito da divisão da Europa entre territórios capitalistas e socialistas.

Na época, uma parte era controlada pelos Estados Unidos e a outra estava sob a influência da União Soviética.

Hua Chunying: 'Nós não tiramos conclusões precipitadas'

Hua Chunying, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, se recusou a chamar os ataques da Rússia contra a Ucrânia de "invasão".

"A China está monitorando de perto a situação mais recente. Pedimos todos os lados a exercer contenção para evitar que a situação fique fora de controle", disse Chunying.

Em uma reunião com imprensa, a porta-voz chamou a atenção dos jornalistas pela forma falavam das ações da Rússia. "Esta talvez seja uma diferença entre a China e vocês, ocidentais. Não vamos nos precipitar em tirar conclusões", disse.

Putin: 'Era uma medida necessária'

Em reunião com empresários, o presidente russo disse que os ataques contra a Ucrânia se tratavam de uma "medida necessária".

"Eles não nos deixaram nenhuma chance de agir de outra forma. Criaram tantos riscos na esfera da segurança que era impossível reagir de outra maneira. Todos os nossos esforços deram em zero", disse Putin.

O presidente da Rússia aproveitou para alertar os empresários que a economia russa sofreria restrições. As declarações aconteceram antes do pronunciamento de Biden, que divulgou novas sanções.