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Itamaraty diz que não tem prazo para resgatar brasileiros na Ucrânia

Mariana Durães

Do UOL, em São Paulo

24/02/2022 17h01Atualizada em 24/02/2022 23h14

O governo brasileiro orientou que os brasileiros que estejam em Kiev, capital da Ucrânia, sigam as orientações do governo local sobre descolamento e segurança, e aguardar informações da Embaixada. O Ministério das Relações Exteriores também forneceu uma série de orientações para aqueles que estão em outras regiões do país.

Segundo o Itamaraty, brasileiros que estiverem ao leste do pais devem deixar a região por meios terrestres: "os que não puderem deixar o país por meios próprios, ou de modo seguro, devem se deslocar a Kiev e contatar imediatamente a embaixada". Já os que estão em Odessa ou Lviv devem ir para a Moldávia ou para a Polônia, respectivamente, por ser "mais simples e seguro".

O secretário de Comunicação e Cultura do Itamaraty, Leonardo Gorgulho, reforçou algumas das indicações da Embaixada do Brasil na Ucrânia. Mais cedo, brasileiros que estão no país foram instruídos a deixar o país caso tenham os meios necessários para isso. A embaixada estima a presença de cerca de 500 brasileiros na Ucrânia entre estudantes, executivos de multinacionais e familiares de ucranianos.

"A embaixada do Brasil, ou de qualquer outro país, não tem condições de fazer operações de resgate", ressaltou Gorgulho.

O secretário também pediu que brasileiros não circulem durante o toque de recolher, e "se abriguem em local distante de instalações militares, de infraestrutura energética e de telecomunicações. Ele também explicou que as Embaixadas em Varsóvia, Minsk, Bratislava e Moscou, "estão em alerta e regime de plantão, para atender aos brasileiros que precisem de assistência ao deixar a Ucrânia".

A orientação veio após a invasão russa iniciada na madrugada de hoje. Mais de 100 ucranianos morreram apenas no primeiro dia do avanço das tropas russas. O exército ucraniano informou ter matado cerca de 50 ocupantes russos perto de Shchastia, no leste do país.

Mapa Ucrania - Arte/ UOL - Arte/ UOL
Imagem: Arte/ UOL

Plano de evacuação não tem data para ocorrer

O secretário de Comunicação e Cultura do Itamaraty, Leonardo Gorgulho, disse que a embaixada estuda o melhor momento e maneira para implementar um trabalho de evacuação dos brasileiros que queiram deixar o país. A retirada dos cidadãos seria por vias terrestre, mas ainda não tem data para ocorrer.

"São pré-requisitos fundamentais uma avaliação sobre a segurança no trajeto, a disponibilidade de meios, e a possibilidade que os brasileiros beneficiários desloquem-se ao ponto de encontro. Há, portanto, uma permanente avaliação de segurança, que é o aspecto mais importante", explicou.

Gorgulho destacou que o local e momento para evacuação serão "amplamente difundidos" pelos canais de comunicação com a comunidade brasileira. Por isso, pediu, que os cidadãos cadastrem-se para receber esses avisos.

O secretário explicou também que o Brasil recebeu pedidos de apoio de países amigos, tais como Argentina, Chile, Uruguai e Paraguai. Ele explicou que as mesmas orientações transmitidas aos brasileiros são repassadas aos cidadãos dessas nações, e que a evacuação dos brasileiros estará disponível para eles também.