Prefeito de Kiev pede união mundial: 'A guerra não é apenas para a Ucrânia'
O prefeito de Kiev, Vitali Klitschko, disse hoje, em entrevista à emissora CNN, que a invasão russa à Ucrânia não representa apenas uma guerra para o país, mas "um desafio para todo o mundo moderno, para todo o mundo democrático".
O prefeito afirmou que "está muito orgulhoso de ser ucraniano". "Ficamos na frente de um dos exércitos mais fortes do mundo", disse o ex-campeão mundial de boxe no peso pesado.
Segundo ele, a infraestrutura da cidade — eletricidade, aquecimento e água — está funcionando. Ontem, sexto dia de invasão, os ataques aéreos da Rússia atingiram pontos estratégicos da Ucrânia. Em Kiev, um dos alvos foi uma torre de TV. Em uma postagem no Instagram, o prefeito informou que cinco civis morreram, segundo dados preliminares — eles passavam na calçada no momento em que a torre caiu.
Autoridades de Kiev divulgaram mensagens, hoje, alertando que "o inimigo está reunindo forças mais perto da capital", citando ataques a uma igreja e combates em cidades próximas, como Bucha e Gostomel. Elas pedem para que os cidadãos "não percam a resistência".
"A vontade de sermos independentes é a nossa principal prioridade. E estamos defendendo nossas famílias, nossa cidade, nosso país e nosso futuro", acrescentou o prefeito.
Klitschko também pediu que os países apoiem a Ucrânia, porque será "difícil sobreviver" sem ela. Ele disse que as autoridades estão em comunicação direta com a Cruz Vermelha e outras organizações humanitárias e o que Kiev realmente precisa são "sanções mais duras contra a Rússia".
O prefeito acusou o presidente russo, Vladimir Putin, de tentar refazer a União Soviética e tornar a Ucrânia "parte do império russo".
Rússia quer 'apagar' a Ucrânia, diz presidente
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, acusou hoje a Rússia de querer "apagar" seu país e sua história.
"Eles têm a ordem de apagar nossa história, apagar nosso país, apagar todos nós", afirmou em um vídeo divulgado nas redes sociais.
No pronunciamento, Zelensky pediu que os países não permaneçam neutros no conflito e também fez um apelo aos judeus do mundo para que "não permaneçam em silêncio", após o ataque russo de ontem a torre de televisão de Kiev, construída no local de um massacre do Holocausto.
Segundo o presidente ucraniano, quase 6 mil soldados da Rússia foram mortos nos primeiros seis dias da invasão à Ucrânia. O Kremlin reconhece que teve baixas durante os conflitos, mas não divulga um número exato de quantos militares teriam morrido. Zelensky ainda disse que o governo russo não seria capaz de tomar seu país com bombas e ataques aéreos.
As forças do presidente russo dizem ter tomado o controle da cidade de Kherson, no sul da Ucrânia, perto da península da Crimeia.
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