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Guerra da Rússia-Ucrânia

Notícias do conflito entre Rússia e Ucrânia


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Putin pede aos países que normalizem as relações com Rússia após sanções

Do UOL, em São Paulo

04/03/2022 10h58

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, pediu à comunidade internacional que normalize as relações com seu país, alegando que poderia se beneficiar das sanções impostas pelo Ocidente após a invasão à Ucrânia.

"Não temos más intenções, não há necessidade de escalar a situação, impor restrições, cumprimos todas as obrigações", disse Putin durante uma cerimônia hoje.

"Se alguém não quiser cooperar conosco dentro da estrutura de cooperação única e, ao fazê-lo, prejudicar a si mesmo, é claro que nos prejudicará também", acrescentou.

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Putin continuou dizendo que a economia russa teria se adaptado à situação atual. "Teremos apenas que mover alguns projetos um pouco, para adquirir competências adicionais. Mas ainda vamos resolver os problemas que enfrentamos", disse. "No final, vamos até nos beneficiar disso porque vamos adquirir competências adicionais."

As sanções têm o objetivo de enfraquecer a economia de determinado país e, em meio a possíveis perdas, encaminhar uma negociação em meio ao conflito em andamento.

No caso da guerra entre russos e ucranianos, os países do Ocidente pretendem usar as sanções para fragilizar a Rússia e pressionar Putin a pôr um fim na invasão à Ucrânia.

Nesta quarta-feira (2), uma porta-voz de Joe Biden, presidente dos Estados Unidos, disse que a Rússia está em uma "ilha econômica". A secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, declarou que o país pode impor mais sanções aos russos.

A Casa Branca, assim como a Comissão Europeia, França, Alemanha, Itália, Reino Unido e Canadá, anunciaram na semana passada que expulsariam alguns bancos russos do Swift (Sociedade de Telecomunicações Financeiras Mundial), um sistema bancário internacional que permite a padronização de informações financeiras e transferências de recursos entre bancos ao redor do mundo.

Ucrânia: Rússia tomou o controle de usina nuclear

Autoridades ucranianas afirmaram hoje que forças russas assumiram o controle da usina nuclear de Zaporizhzhia, localizada em Energodar, no sudoeste do país, e considerada a maior do tipo na Europa. Um incêndio atingiu o local após uma série de bombardeios russos, mas já foi controlado. Não há registro de vazamento de radiação no local. Três militares ucranianos morreram e outros dois ficaram feridos. Hoje, a invasão russa ao território ucraniano chega ao nono dia.

A Rússia, porém, responsabilizou a Ucrânia, dizendo que militares do país incendiaram um prédio da usina. Os russos alegam que controlam a central nuclear desde o final de fevereiro.

O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, declarou que Moscou apelou para "terrorismo nuclear" ao bombardear a usina e que os russos quererem "repetir" a tragédia nuclear de Chernobyl, ocorrida em 1986. A Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) criticou os russos pela ação contra a central nuclear.

Nesta sexta (4), há também relatos de destruição de equipamentos militares das forças russas por parte de ucranianos em algumas regiões do país..