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Guerra da Rússia-Ucrânia

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Premiê de Israel visita Putin e depois conversa com Zelensky sobre guerra

13.jun.2021 - O primeiro-ministro de Israel, Naftali Bennett, durante discurso em Jerusalém - Gil Cohen-Magen/AFP
13.jun.2021 - O primeiro-ministro de Israel, Naftali Bennett, durante discurso em Jerusalém Imagem: Gil Cohen-Magen/AFP

Do UOL, em Brasília*

05/03/2022 16h59Atualizada em 05/03/2022 16h59

O primeiro-ministro de Israel, Naftali Bennett, visitou hoje o presidente da Rússia, Vladimir Putin, em Moscou, capital russa, e, após o encontro, conversou com o presidente da Ucrânia, Volodimir Zelensky, ao telefone, informou o porta-voz de Bennett, segundo a agência de notícias Reuters.

Bennett e Putin conversaram sobre a guerra na Ucrânia, incluindo a comunidade judaica em meio ao conflito, mas o conteúdo detalhado das conversas não foi revelado até o momento.

A guerra entre Rússia e Ucrânia chegou hoje ao 10º dia, sem solução à vista. As tensões chegaram a se agravar após troca de acusações de que cessar-fogo acordado para a retirada de civis de duas cidades ucranianas na mira das tropas russas não teria sido cumprido. Uma nova rodada de negociações entre os dois países está prevista para acontecer na próxima segunda-feira (7).

Bennett tem buscado atuar como uma espécie de mediador na crise junto aos Estados Unidos, à França e à Alemanha, especialmente por contar com boas relações tanto com a Rússia quanto com a Ucrânia.

Após o encontro de três horas com Putin no Kremlin, Bennett seguiu para a Alemanha para se reunir com o chanceler alemão Olaf Scholz, afirmou o porta-voz do israelense, de acordo com a Reuters.

Mais cedo, o premiê israelense falou ao telefone com o presidente da França, Emmanuel Macron, para que este pudesse atualizá-lo sobre as conversas prévias com Putin, informou o governo francês.

Mapa Rússia invade a Ucrânia - 26.02.2022 - Arte UOL - Arte UOL
Imagem: Arte UOL

Israel é aliado próximo dos Estados Unidos, criticou a invasão russa, expressou solidariedade a Kiev e enviou ajuda humanitária à Ucrânia, mas também precisa da Rússia, que é influente no Oriente Médio, principalmente na Síria. Sem os russos, Israel não teria a atual liberdade de atacar comboios de armas iranianas em solo sírio que tentam chegar ao Hezbollah, na fronteira com o Líbano.

Há alguns anos, a Força Aérea Israelense atua constantemente contra esses comboios sem que o governo sírio contra-ataque e o motivo é a influência russa sobre o governo de Damasco. A Rússia também é importante nas negociações das potências com o Irã, que Israel acompanha de perto.

*Com informações da Reuters e RFI.