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Guerra da Rússia-Ucrânia

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Ucrânia: 'Não há lugar em Kiev 100% seguro hoje', diz correspondente

Colaboração para o UOL

15/03/2022 12h57Atualizada em 15/03/2022 15h22

O correspondente André Liohn - que faz cobertura da guerra entre Ucrânia e Rússia para o UOL e Folha de S.Paulo, direto de Kiev - disse, durante UOL News hoje, que nenhum lugar da capital ucraniana garante 100% de segurança.

"Os que estão aqui estão com medo em suas casas. Os ataques a prédios residenciais mostram que estar em casa não é o melhor lugar ou não garante que está seguro. Nenhum lugar tem garantia de que você será salvo. Nenhum lugar dentro de Kiev garante que você esteja 100% salvo", afirmou Liohn.

Hoje, pelo menos três pessoas morreram após ataque contra um prédio residencial de 16 andares em Sviatoshynskyi, na capital Kiev. As chamas se espalharam por todos os andares e parte do edifício desabou, informou o serviço de emergência da Ucrânia.

André Liohn conta que está em um hotel onde somente jornalistas estão hospedados. "Tem sacos de areia na fachada, uma barricada. Todo mundo entra pelos fundos e seguranças autorizam ou não a entrada das pessoas", disse.

Mapa Rússia invade a Ucrânia - 26.02.2022 - Arte UOL - Arte UOL
Imagem: Arte UOL

Homens da Ucrânia podem se voltar contra Zelensky

O correspondente em Kiev também analisa que os homens ucranianos que lutam contra a Rússia podem se voltar contra o próprio governo da Ucrânia, caso o presidente Volodymyr Zelensky aceite alguma concessão que eles interpretem como fraqueza.

"Os homens não vão aceitar acordo, rendição, como ceder território ou permanência das forças russas na Ucrânia. Você vai ver o surgimento de novos políticos, lideranças de milicianos e vão impor essa força", observa.

Após uma "pausa técnica", as delegações de Ucrânia e Rússia retomaram hoje os debates a respeito da invasão russa ao território ucraniano, que entra em seu 20º dia com ataques a civis na capital, Kiev. "As negociações estão em andamento", disse Mikhailo Podolyak, assessor da presidência da Ucrânia. Segundo ele, entre os temas tratados, estão cessar-fogo e retirada de soldados russos do do país. A Rússia diz que é cedo para fazer previsões sobre as negociações.

Nesta terça (15), Kiev amanheceu com bombardeios. Em um dos ataques, o serviço de emergências da Ucrânia confirmou ao menos três mortes e cinco pessoas feridas após um edifício residencial ter sido atingido. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, pediu hoje o envio de mais armas para o país e disse entender que a Ucrânia não tem "portas abertas" para entrar na Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) —um dos pontos levantados pela Rússia para justificar a invasão.

  • Veja a entrevista completa e as notícias do dia no UOL News com Fabíola Cidral: