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Guerra da Rússia-Ucrânia

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Áreas residenciais são atacadas e ao menos três civis morrem, diz Ucrânia

Do UOL, em São Paulo

17/03/2022 04h40Atualizada em 17/03/2022 08h47

A Ucrânia divulgou hoje que a Rússia atacou mais áreas residenciais e ao menos três civis morreram na capital Kiev e na região de Luhansk.

Em Kiev, dois prédios residenciais foram danificados por bombardeios russos, informou a prefeitura da cidade hoje, 22º dia do conflito. Uma pessoa morreu.

Segundo o Serviço de Estado de Emergência ucraniano, pelo menos um dos prédios foi atingido por destroços de um míssil, o que provocou incêndio e destruição no local, no distrito de Darnytskyi.

Conforme o órgão, o serviço de resgate foi acionado por volta das 5h (0h de Brasília) para atender a ocorrência. Ao chegarem ao local, os bombeiros constataram que a estrutura do 16º andar foi comprometida devido à queda de destroços de um míssil. Também houve incêndios em apartamentos neste andar.

De acordo a prefeitura de Kiev, além de uma pessoa ter ficado morta, quatro ficaram feridas e duas delas precisam ser hospitalizadas. Cerca de 30 pessoas foram resgatadas do local.

Serhiy Gaidai, chefe da administração estadual regional de Luhansk, disse em sua conta no Facebook que os russos estão deliberadamente atacando civis. Segundo ele, na cidade de Rubizhne mais de 20 casas ficaram destruídas, uma pessoa morreu e cinco ficaram feridas.

Ele também relatou uma morte no centro regional de Severodonetsk e destruição de residências em Popasna. "É extremamente difícil calcular os danos, porque todos os prédios da região sofreram nas mãos dos russos", escreveu ele.

Mísseis atingiram uma das instituições educacionais no município de Merefa, na região de Kharkiv, a segunda maior cidade da Ucrânia. De acordo com o serviço de emergências da Ucrânia, o imóvel foi parcialmente destruído e chegou a ficar em chamas. Até o momento, não há registro de vítimas.

O Ministério da Defesa russo afirmou hoje que seu exército atacou um armazém militar das Forças Armadas da Ucrânia na região de Rivne, que fica cerca de 340 quilômetros a oeste de Kiev. "Instalações de armazenamento com mísseis e munições foram destruídas, incluindo mísseis para o complexo tático Tochka-U", diz o comunicado.

Já o Ministério da Defesa da Ucrânia diz que "o inimigo, sem sucesso na condução de uma operação terrestre, continua a lançar mísseis e bombardeios contra a infraestrutura e áreas densamente povoadas das cidades ucranianas".

Ontem, um prédio residencial também foi atingido por bombardeios russos e ao menos duas pessoas ficaram feridas em Kiev. Já em Kharkiv, segunda maior cidade do país, houve destruição de dois prédios residenciais e duas mortes foram confirmadas.

Em Mariupol, um teatro que vinha sendo usado como abrigo por civis foi bombardeado.

Nos últimos dias, a artilharia e a aviação russas intensificaram os bombardeios contra as cidades ucranianas.

Também ontem, pelo terceiro dia consecutivo, os países não chegaram a um consenso nas negociações por um acordo de paz.

Em pronunciamento feito por vídeo ao Congresso dos Estados Unidos, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, comparou os ataques da Rússia aos atentados de 11 de setembro; ele negou a neutralidade exigida pelos russos em um possível plano de paz entre os dois países, conforme relatado pelo jornal Financial Times.

A publicação divulgou que o acordo é ainda um plano provisório com 15 pontos, incluindo um cessar-fogo e a retirada russa do território ucraniano. A Rússia exige, porém, que a Ucrânia declare neutralidade e estabeleça limites para suas forças armadas.

No entanto, Mykhailo Podolak, chefe de gabinete de Zelensky, afirmou no Twitter que o rascunho publicado pelo jornal representa apenas as demandas apresentadas pelos russos. "O lado ucraniano tem suas próprias posições", escreveu.