Reino Unido: Com ataques a civis, Putin está construindo a própria prisão
O secretário da Defesa do Reino Unido, Ben Wallace, criticou o recente ataque a uma estação de trem em Kramatorsk, no leste da Ucrânia, acusando a Rússia de ordená-los — algo que o país eurasiático nega — e criticando o presidente russo, Vladimir Putin.
"Não devemos deixar a comunidade internacional esquecer que o que Putin está fazendo é construir a sua própria prisão", disse Wallace durante visita a Constança, na Romênia, na costa oeste do Mar Negro, em entrevista coletiva captada pela TV britânica Sky News.
Na avaliação do secretário, Putin e os generais russos estão buscando levar o conflito contra a Ucrânia para áreas com infraestruturas que não são utilizadas para fins militares, violando o Direito Internacional Humanitário, que protege civis. "Isso é um crime de guerra", completou.
Ao menos 30 pessoas morreram no ataque realizado contra a estação de trem, e o número de feridos, ainda sendo contabilizado, já chega a 100 pessoas, segundo as autoridades ucranianas. A polícia estimou que cerca de 4 mil pessoas estavam no local no momento do bombardeio.
De acordo com autoridades locais, as cerca de 4 mil pessoas estavam na estação com a intenção de fugir do avanço das forças russas, que abandonaram a região de Kiev, capital da Ucrânia, e estão concentrando ataques na parte leste do país.
"O inimigo decidiu lutar contra mulheres e crianças. Pensávamos que o mundo nunca mais veria isso, mas está acontecendo agora no nosso país. E em plena luz do dia", disse David Arakhamia, chefe da delegação ucraniana que está negociando um acordo de paz com os russos.
A Rússia, porém, afirmou mais cedo que as acusações de terem perpetrado os ataques "são uma provocação e são absolutamente falsas". "Em 8 de abril, as Forças Armadas Russas não tiveram missões de fogo (ataques) na cidade de Kramatorsk", disse o Ministério da Defesa do país.
Mudança de rumos
O Reino Unido confirmou hoje que as forças militares "já se retiraram completamente" do norte da Ucrânia — incluindo a região de Kiev e a área de Chernobil —, se deslocando de volta para a Rússia ou para a vizinha Belarus.
Segundo os britânicos, "pelo menos" uma parte dos militares russos serão deslocados para o leste, onde se encontram as repúblicas separatistas de Donetsk e Lugansk, apoiadas pela Rússia.
O serviço de inteligência do Ministério da Defesa do Reino Unido estimou que militares russos vindos do norte possam chegar ao leste da Ucrânia em ao menos uma semana, "no mínimo".
"Muitas dessas forças exigirão um reabastecimento significativo (de suprimentos, combustível, armamentos etc) antes de estarem prontas para serem deslocadas mais para o leste", acrescentou a pasta.
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