61º dia de invasão tem promessa russa em Mariupol e 5 milhões de refugiados
Nesta segunda-feira (25), 61º dia da invasão russa à Ucrânia, a Rússia prometeu novamente um cessar-fogo em Mariupol para a retirada de civis da metalúrgica de Azovstal — onde se concentra a resistência ucraniana. Do lado da Ucrânia, autoridades negaram a abertura de corredores humanitários.
O Ministério da Defesa da Ucrânia alega que os russos pretendem utilizar armas químicas contra as pessoas que ainda resistem na usina de Azovstal. O país pressiona a ONU (Organização das Nações Unidas) para atuar nas negociações dos corredores e também na garantia da segurança dos civis.
A Rússia teve mais de um ultimato para a rendição de Mariupol negado pelos ucranianos.
Segundo a ONU, trata-se da pior crise de refugiados na Europa desde o fim da Segunda Guerra Mundial. Balanço publicado hoje pela Acnur (Alto Comissariado das Nações Unidas) calcula 5,2 milhões de refugiados ucranianos desde o início da guerra. Só nas últimas 24 horas, de acordo com o órgão, ao menos 20 mil pessoas deixaram o país.
O destino mais procurado pelos refugiados tem sido a Polônia, que abriga, até o momento, quase 3 milhões de ucranianos. Romênia, Moldávia, Hungria e Eslováquia também são outros países que vêm recebendo massivamente os civis que fogem da guerra.
Ajuda estrangeira
Diante do anúncio de que os EUA (Estados Unidos) enviarão nova ajuda militar para a Ucrânia — desta vez, de 700 mil dólares (R$ 3,4 milhões) —, a Rússia afirmou considerar o auxílio americano "inaceitável".
"Enfatizamos a inaceitabilidade dessa situação quando os Estados Unidos despejam armas na Ucrânia e exigimos o fim dessa prática", disse o embaixador russo nos EUA, Anatoly Antonov.
A emissora americana Sky News estima que, desde o início do conflito, os EUA já enviaram 3,7 bilhões de dólares (R$ 18 bilhões) para a Ucrânia.
Outros países também anunciaram auxílios ao governo ucraniano. A Polônia disse ter enviado tanques de guerra ao país. Já o Reino Unido declarou que enviará tanques lança-mísseis antiaéreos.
Ataques e bombardeios
Médicos forenses disseram ao jornal The Guardian que há evidências de que mulheres ucranianas estão sendo estupradas antes de serem mortas pelas tropas russas. A publicação afirma terem sido feitas dezenas de autópsias em moradores das cidades de Bucha, Irpin e Borodianka.
Diante da continuidade do conflito entre os países, a Prefeitura de Kiev anunciou hoje que removerá da cidade o Arco da Amizade, estátua que representa a amizade entre Rússia e Ucrânia.
Outros ataques e bombardeios foram registrados nesta segunda-feira, tanto na Rússia quanto na Ucrânia:
- Ao menos cinco pessoas morreram e 18 ficaram feridas em cinco ataques a estações de trens nos arredores de Lviv;
- Segundo as autoridades ucranianas, os ataques às estações afetaram uma tubulação de gás, o que interrompeu o fornecimento para algumas cidades da área;
- Bombardeios na região de Kharkiv, na vila de Bezruky, deixaram três pessoas mortas;
- O jornal Kyiv Independent publicou a história de uma mãe que foi morta junto de sua filha, de apenas 3 meses, em um bombardeio em Odessa;
- Do lado russo, Moscou investiga as causas de um incêndio em uma instalação de armazenamento de petróleo em Byransk, cidade russa localizada a 154 km da fronteira com a Ucrânia.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.