Conteúdo publicado há 7 meses

Mulheres e adolescentes palestinos são libertos em Israel após acordo

Trinta e nove palestinos, entre mulheres e adolescentes, foram libertos hoje de Israel, disse o ministro das Relações Exteriores do Qatar, que intermedeia o primeiro cessar-fogo da guerra.

O que aconteceu

"Compromissos do primeiro dia de trégua foram cumpridos", publicou Majed Al Ansari, porta-voz do ministro das Relações Exteriores qatari, nas redes sociais. Israel soltou 39 palestinos, entre mulheres e adolescentes, presos no país, enquanto o Hamas libertou treze israelenses.

Este é o primeiro grupo de pessoas detidas a ser liberado após o cessar-fogo. A expectativa é de que 150 sejam soltos nos próximos dias de trégua.

São 24 mulheres e 15 menores de idade. Israel publicou uma lista com 300 prisioneiros, e prometeu a soltura de metade deles. Do total de nomes listados, 124 têm menos de 18 anos. O mais jovem tem 14.

Prisioneiros estavam em cadeias israelenses acusados de jogar pedras em soldados, entrarem em contato com o Hamas e outras ofensas, segundo o canal britânico Sky News. Nenhuma dessas pessoas foi a julgamento.

Familiares e jornalistas aguardavam libertação do lado de fora da prisão de Ofer, na Cisjordânia. Mais cedo, soldados israelenses chegaram a jogar bombas de gás lacrimogêneo para dispersar a multidão, ainda de acordo com a Sky News.

Hamas e Israel firmaram cessar-fogo de quatro dias em troca da liberação mútua de prisioneiros. Cerca de 240 pessoas estavam sendo feitas reféns pelo Hamas desde 7 de outubro.

Mulher libertada diz que presos não recebiam atendimento médico adequado

Marah Bakeer, 24, está entre os 39 libertados hoje. Em entrevista à agência qatari Al Jazeera, ela contou que os prisioneiros não recebiam atendimento médico adequado de Israel e que muitos precisarão de cuidados agora.

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Ela foi presa aos 16 anos, em 2015. Ela relatou ter levado um tiro no braço ao ser detida.

Prisioneira libertada Marah Bakeer (à esq.) é recebida pela família em Jerusalém
Prisioneira libertada Marah Bakeer (à esq.) é recebida pela família em Jerusalém Imagem: 24.nov.2023-Latifeh Abdellatif/Reuters

Errata:

o conteúdo foi alterado

  • O texto informava que "mulheres e crianças" foram libertos, mas isso está incorreto. Como o mais novo dos presos tinha 14 anos, não havia crianças no grupo, mas mulheres e adolescentes. O texto foi alterado.

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